Uma planta grande surgiu em uma população natural. Qualitativamente, ela parece igual, porém é muito maior. É mais provável ser um alopoliploide ou um autopoliploide? Explique. Como você testaria se foi poliploidia e não apenas crescimento em solo rico?
Respostas
Olá
Introdução
A poliploidia refere-se às variações naturais ou induzidas no número de cromossomos, de um modo geral.
As variações surgem nos conjuntos cromossômicos individuais.
Se for determinado o número de cromossomos de um grupo de indivíduos de uma mesma espécie,
selecionando ao acaso, provavelmente este número seja o mesmo. Essa situação é esperada, pois a espécies
são entidades biológicas razoavelmente constantes e não é difícil avaliar que a estabilidade relaciona-se a uma
constância no número e tipos de genes e cromossomos.
Na verdade, o número de cromossomos de uma espécie é um dado biológico significativo, mas como os
genes mutam em número através da perda ou adição, assim também fazem os cromossomos. O processo é
esporádico, pois as divisões celulares e cromossômicas são fenômenos regulares, porém ocorrem variações,
que, por vezes, são perpetuadas a fim de dar origem a novas espécies vegetais.
A palavra poliploide é formada pelo radical “ploides” que deriva de ploidia (= quantidade de genoma) e
pelo prefixo “poli” (= vários). Portanto, poliploides são indivíduos que possuem vários genomas.
Dois grandes grupos são formados: os Euploides e os Aneuploides. No primeiro grupo estão os
autopoliploides, que vem a ser indivíduos que tiveram seus genomas gaméticos duplicados, triplicados,
formando diploides (2n), triploide (3n) e assim por diante, e alopoliploides. Esses possuem genomas de
diferentes origens (alo = diferente) e foram originados de cruzamentos interespecíficos ou intergenéricos que
ocorreram na natureza ou foram resultantes de cruzamentos artificiais. Nesse último caso o Triticale é um
exemplo, pois foi o cereal obtido do cruzamento de Triticum aestivum e Secale cereale.
Os híbridos interespecíficos, por terem genomas diferentes entre si resultantes do cruzamento devem,
portanto, dobrarem o número total de cromossomos para tornarem-se espécies férteis. A esses indivíduos se dá
o nome de autoalopoliploide.
No segundo grupo estão os indivíduos aneuploides que são aqueles derivados da perda de um ou mais
cromossomos do genoma. Caso clássico de aneuploidia encontra-se em Datura stramonio.
A evolução de plantas superiores deve muito ao aumento do número de cromossomos decorrentes da
poliploidia. Aproximadamente a metade das plantas cultivadas importantes são poliploides, sendo muitas
dessas euploides, que possuem números pares de cromossomos múltiplos do conjunto básico. Uma vez
iniciada a poliploidia em um gênero de planta qualquer é provável que venha a ser um processo contínuo.
Espero ter ajudado