QUESTÃO 1 Lecionar ou coordenar processos educacionais não é uma tarefa fácil. Para realizá-la com seriedade e competência é necessário tomar como condição sine qua non o papel de pesquisador participante do contexto escolar. Dominar os conteúdos teóricos e didáticos precisa vir articulado a compreensão do desenvolvimento humano, de modo a poder se tornar efetivo o desenvolvimento humano integral. É sob essa perspectiva que a Psicologia do Desenvolvimento Infantil se torna fundamental para a prática pedagógica. Convido você, aluno, a analisar o caso a seguir: João tem 4 anos e irá iniciar a sua vida escolar em razão da obrigatoriedade da frequência escolar a partir desta idade. A turma de infantil que ele foi matriculado segue juntas desde os 2 anos, portanto os alunos estão familiarizados entre eles. Ao chegar a escola, ele o faz no colo da mãe, no período vespertino. Entra no corredor da educação infantil agarrado ao pescoço da mãe e apesar de não chorar também não se desvencilha de forma alguma. Após muita insistência da professora, João desce do colo da mãe e caminha para o interior da sala. A mãe permanece na porta da sala e diz para a professora que está muito angustiada com o início escolar do filho, e preferia ficar na escola aguardando para ver se o menino ficaria ou não bem na sala de aula. A professora então orienta a mãe a ficar na recepção da escola, se comprometendo a chamá-la caso houvesse necessidade. A mãe teve dificuldade de aceitar essa orientação. Foi acionada a coordenação para auxiliar no processo de acolhimento e orientação dessa mãe e somente após muito diálogo ela o fez. João ficou irritadiço, agressivo, ansioso quando percebeu que a mãe havia saído da porta da sala. Não houve meios de acalma-lo, a não ser o levando a mãe. Esse processo perdurou durante a semana toda. Momento então, que a professora e a equipe pedagógica marcaram uma reunião para discutir o caso e analisar as estratégias viáveis para acolher João na rotina escolar. Elaborado pela professora, 2020. Tomando como referência a teoria do desenvolvimento emocional de Winnicott e a faixa etária do desenvolvimento psicossocial de João, elabore um texto de no mínimo 30 e no máximo de 45 linhas. Considere em seu texto os seguintes aspectos: - O comportamento de João, considerando sua faixa etária. - A angústia de separação acentuada na relação mãe e filho. - A importância do objeto significativo que colabora para que João consiga encontrar conforto emocional. Para concluir sua atividade, imagine-se atuando como docente nesta situação e aponte ao menos 3 (três) ações que você entende ser pertinente para auxiliar a integração de João ao ambiente escolar, considerando o aporte teórico utilizado em nossa disciplina.
Respostas
A coordenação das atividades onde João está incluso deve levar em consideração suas características de interação social e dos alunos que estão ao seu redor.
A prática pedagógica deve buscar ser dinâmica e não estática já que a produção de ensino-aprendizagem quando não dialoga com o aluno de modo a gerar a inclusão ela acaba prejudicando seu desempenho.
Um ponto positivo que pode ser colocado em prática:
Dentre os jogos podemos destacar o brincar com a bola na Ginástica Rítmica.
A partir da Ludicidade, o educador iniciará a brincadeira com o objetivo dos alunos interagirem com diferentes lançamentos, assim como os tipos de recepção, fortalecer a cooperação e executar movimentos para a apresentação prática.
De acordo com Winnicott o bebê não constitui uma unidade em si mesmo, na sua constituição de individuo considera-se o meio ambiente e social que o cerca.
Seu desenvolvimento mental e emocional é dependente dos cuidados que recebe desde seus primeiros momentos de vida.
Por isso o comportamento de João é completamente normal na sua faixa etária, pois a figura da mãe representa seu lugar de força, parte de si que ele ainda não aprendeu a separar. nessa situação a criança se vê perdida sem um alicerce.
Nesses casos é muito comum que como primeira ação o professor oriente a mãe que traga junto com a criança um objeto de transição. Algo que lhe seja familiar e que lhe traga segurança.
É primordial que se faça um trabalho de acolhimento com a mãe para que ela se sinta segura a ponto de passar essa segurança e confiança a criança.
Essa adaptação deve ser feita gradativamente para que a criança não sinta uma grande ruptura e consequentemente um choque que a bloqueara ainda mais.
As ações mais indicadas para esse momento são dinâmicas de socialização, atividades coletivas e deixar que a criança vá se aproximando e participando conforme se sentir a vontade.
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