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Democracia racial é um conceito que nega a existência de racismo no Brasil. É tratada como mito e ideologia por buscar exprimir a vigência de uma suposta democracia plena que se estenderia às pessoas de todas as raças, a despeito das desigualdades motivadas pelo racismo no país e por estruturas racistas culturais, sociais e políticas que privilegiam brasileiros brancos.[1][2][3]
O termo denota a crença de que o Brasil escapou da discriminação racial vista em outros países, como os Estados Unidos. Pesquisadores notam que a maioria dos brasileiros não se veem como racistas, e alegadamente não prejudicam ou promovem pessoas baseadas na raça. Graças a isso, enquanto a mobilidade social dos brasileiros pode ser reduzida por vários fatores, como sexo e classe social, a discriminação racial seria considerada irrelevante. A democracia racial, no entanto, é desmitificada por sociólogos e antropólogos que estudam o preconceito e por vários indicadores sociais e econômicos que revelam desigualdades ligadas à etnia. O preconceito está arraigado na sociedade em larga escala. Portanto, a verdadeira democracia racial é uma meta que ainda está longe de ser atingida e por enquanto é um mito que tenta criar uma imagem positiva da sociedade, que não coincide com os fatos documentados.