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Conjuração Mineira (1789) foi um movimento que manifestou o descontentamento de um grupo de intelectuais, mineradores, fazendeiros, clérigos e militares com as inúmeras taxações da Coroa portuguesa, particularmente pesadas devido ao esgotamento da mineração de diamantes e do ouro de aluvião das Gerais.
Entusiastas das idéias liberais aprendidas nos livros “franceses”, proibidos na Colônia, ou nas universidades européias, os conjurados defendiam a livre produção e comércio, o desenvolvimento das manufaturas têxteis e da siderurgia, a fundação de uma universidade em Vila Rica e a mudança da capital de Minas Gerais para São João del Rei.
O projeto dos inconfidentes não incluía a abolição da escravidão. Para a data do levante foi escolhida a da cobrança da derrama, o que não aconteceu pela traição de Joaquim Silvério dos Reis, que teve perdoado seu débito com a Fazenda Real. Os conjurados foram presos em Minas Gerais por ordem do Visconde de Barbacena e Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) foi detido no Rio por diligência do Vice-Rei Luís de Vasconcelos e Sousa.
O processo prolongou-se até 1792, no Rio de Janeiro, para onde haviam sido conduzidos os acusados.
A primeira sentença da Alçada de Inconfidência condenou onze à morte e outros ao degredo perpétuo na África.
Esta decisão foi posteriormente modificada: punia Tiradentes com a forca, enquanto Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e outros recebiam a pena de exílio em possessões portuguesas na África.
Os padres, entre eles o cônego Luís Vieira da Silva, foram enviados para conventos penitenciários em Portugal. A documentação foi recolhida pela Secretaria dos Negócios do Império, em 1874 e pela Comarca de Ouro Preto, em 1888.
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