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Explicação:Em uma das publicações de pensamento ocidental sobre a África, considerou-se África um grupo de povos que vagueiam nas solidões selvagens e não têm história. O historiador e embaixador, Alberto Costa e Silva sentiu-se insultado por essa declaração, exatamente porque estuda a História da África desde 1956. Apesar disso, Costa e Silva lembra que no mesmo ano em que aquela declaração tinha sido feita, também foi publiicada a primeira revista científica, na Inglaterra, dedicada exclusivamente ao estudo da história africana.
Para o historiador, História da África é uma disciplina nova como ciência e antiga como arte. Ela só começa a adquirir contornos nítidos na segunda metade do século XX. Costa e Silva cita a influência da literatura africana sobre outros povos: havia histórias de povos africanos, escritas por africanos, que serviram como base para outras obras, como a Historia da Etiópia, escrita pelo Padre Pero Vaz, que apoiou sua pesquisa em livros africanos; ou ainda o cronista brasileiro João de Barro, que cita histórias africanas em suas publicações.