Aponte a cidade com a mais baixa média anual de pluviosidade no Brasil. Informar o clima da região e o índice de pluviosidade.
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Ao estudar o clima regional do Sul do Brasil o primeiro fato que se observa refere-se a sua homogeneidade: a Região Sul do Brasil, embora não seja mais uniforme no que diz respeito a valores e regime térmico, é, no entanto, no que se refere à pluviometria ao ritmo estacional de seu regime.[1] O segundo fato refere-se a sua unidade.[2] Comparando o clima da Região Sul com os das demais Regiões Geográficas do Brasil, não é difícil verificar que ele é consideravelmente diferente: enquanto as demais Regiões se caracterizam por possuir clima quente (exceção à Região Sudeste, onde predomina clima subquente) do tipo tropical, a Região Sul é o domínio exclusivo e quase absoluto do clima Mesotérmico do tipo Temperado. A homogeneidade e unidade climática desta Região se deve a uma certa homogeneidade e unidade dos fatores e processos genéticos que atuam sobre as condições de tempo nela reinantes. Por isso, para a comparação dos processos climáticos dessa Região, torna-se necessário um prévio conhecimento de seus diversos fatores, alguns de ordem estática, outros de ordem dinâmica. Todos atuam simultaneamente em constante interação, porém para facilitar sua compreensão serão examinados, de início, separadamente. Dentre os fatores estáticos salientam-se a posição e o relevo.
No que concerne ao primeiro, o balizamento da Região Sul nas latitudes médias, na borda do oceano Atlântico, confere a posição um papel muito importante no condicionamento climático desta região. O trópico de Capricórnio passa sobre sua extremidade setentrional, enquanto os paralelos de 30 a 34° Sul tangenciam suas terras mais meridionais. Portanto, seu pequeno território (577.723 km²) está quase todo situado no interior da zona temperada, sem se estender muito para o sul e sem se afastar muito da orla marítima. Neste ponto convém lembrar que quando o Sol caminha em direção ao zênite, a Primavera e Verão sucedem ao Inverno; quando se afasta, o Outono e Inverno sucedem ao Verão. Este ritmo das estações, que tão bem caracteriza a vida nas latitudes médias (zona temperada), torna-se cada vez menos nítido em se aproximando do equador geográfico. Essa maior ou menor nitidez de ritmo estacional decorre do seguinte fenômeno: enquanto nas latitudes baixas (zona intertropical) o Sol atinge o zênite duas vezes por ano, nas latitudes médias o Sol nunca alcança o zênite.
Compreende-se, daí, por que a zona temperada não é, como a zona intertropical, submetida a uma radiação solar das mais fortes, embora seja bem superior à verificada nas latitudes elevadas. A radiação solar, por sua vez, cria melhores condições à evaporação, uma vez que no processo de evaporação é empregado calor, sendo tanto mais ativa quanto maior o calor disponível a ser empregado no seu processamento. Outra pré-condição à evaporação é a existência de superfícies líquidas. Ora, possuindo a Região Sul um litoral em toda sua extensão oriental, fica evidente que ela possui uma superfície oceânica à disposição de um muito ativo processo de evaporação e este, por sua vez, à condensação ou formação de nuvens, que se convertem em chuvas. As posições latitudinal e marítima da Região Sul determinam uma intensa insolação e evaporação, além de forte concentração de núcleos de condensação que certamente contribuem para o acréscimo de chuvas em seu território, sempre que esta Região é atingida por frentes frias e outros importantes fenômenos de ascendência dinâmica do ar.
Quanto ao relevo da Região Sul é muito simples e, tendo em vista os traços através dos quais ele age sobre os processos climáticos, pode ser assim resumido: não obstante a importância das suas baixas altitudes no Rio Grande do Sul, o que mais caracteriza a topografia na Região Sul é a existência de largas extensões de superfícies de planalto, situadas entre 300 e 900 m, sobre a qual as áreas serranas (acima de 900 m) ocupam importante superfície. Quanto aos fatores dinâmicos cumpre salientar que o clima da Região Sul não pode ser compreendido e analisado sem o concurso do mecanismo atmosférico, seu fator genético por excelência, objeto de pesquisa da Meteorologia Sinótica. Até mesmo os demais fatores, tais como o relevo, a latitude, a continentalidade ou maritimidade, nesta incluindo as correntes marítimas, etc. atuam nos processos climáticos em interação com os sistemas regionais de circulação atmosférica. Por isso, dedicar-se-á a seguir, uma unidade de estudo à circulação atmosférica que atua sobre a Região Sul do Brasil.