• Matéria: Português
  • Autor: oliveiroslourenco
  • Perguntado 6 anos atrás

Covid-19 e a "jornada da heroína": meu relato pessoal
Se me permitem, gostaria de fazer um relato pessoal. Não é exatamente o foco desta coluna, onde tento compreender questões da contemporaneidade olhando para a cultura na qual ela foi calcada: para seus mitos, lendas, para o seu passado, sua trajetória. Neste momento tão diverso, gostaria de escrever sobre como está a minha vida depois do aparecimento da Covid-19. Talvez, a gente se conecte de alguma forma.
 
Logo nas primeiras semanas, eu tive sintomas. Sim, foram praticamente todos eles – e tudo começou com uma dorzinha de garganta, que logo se proliferou em formas diversas: tosse seca, falta de ar e febre, entre outros. Assim que entendi que eu poderia ter mais do que um resfriado, tentei fazer o teste apenas para dar de cara com a realidade: não tem teste para todo mundo. Depois de ir a alguns postos de saúde, cheguei à conclusão de que o melhor que eu poderia fazer era assumir que tinha realmente Covid-19 e praticar isolamento total.
 
No meu período afastada de tudo e de todos, entrei em algumas caixas de padrões, que talvez você tenha experienciado (ou talvez ainda esteja passando por elas). Li praticamente todos os artigos científicos em todos os idiomas e plataformas a que tinha acesso, ou os conseguia entender. Também passava meus dias vendo notícias, e a cada dez minutos dava um "refresh", pedindo mais novidades. Mesmo se estivesse deitada, tentando descansar, minha mente logo corria para uma postura paranoica, que trazia lá seus benefícios: me sentia minimamente conectada com o mundo, e um tanto mais segura por ter todas as informações possíveis.
 
Foram sete dias de sintomas e quinze dias de isolamento completo. Moro em uma casa de vila, e raramente abri a porta, não tomei sol, e, sinceramente, mal olhei para o céu. Não queria me lembrar de que havia coisas lá fora. Foram 15 dias de mudanças rápidas no mundo, e eu tentei compreender tudo que podia, de notícia a notícia. Existe uma certa pressão para se estar bem, não apenas do mundo (permaneça produtiva, não pare), mas também da família, que fica – obviamente – preocupada. Como não tive sintomas fortes, me senti ok a maior parte do tempo, mas devo confessar que tinha medo à noite, quando a tosse se intensificava, e a falta de ar vinha. Era pouca, mas estava lá
 
Marque a alternativa correta. O tipo de narrador do TEXTO 01 pode ser comprovado através das palavras:
 

A

Eu ia; cheguei; meu

B

Garganta; isolamento; notícia

C

Tentei; gostaria; período

D

Relato; questões; realidade



Respostas

respondido por: joifiori519
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O texto tem narrador personagem, um narrador que conta algo sobre a sua própria vida, então a resposta certa é a letra A
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