Retome a leitura do artigo de opinião que estamos estudando nas últimas aulas para responder às questões 01 e 02:
Celebridades descelebradas
A privacidade se tornou um mito e, já que é impossível retroceder, é preciso gerir essa nova imagem pública
Não se iluda: as mídias sociais e as bases de dados de comércio eletrônico acabaram com qualquer pretensão de privacidade. Filtradas pelos algoritmos inteligentes dos mecanismos de buscas, elas facilitaram o acesso e a identificação de praticamente qualquer pessoa, por mais que respeitem o anonimato de seus usuários.
Quando a informação é muita, não é difícil fazer cruzamentos únicos de variáveis. Quem vive naquele bairro, trabalha naquela empresa, come naquele restaurante, abastece o carro com aquela frequência, usa aquele computador e aquele telefone, acessa aqueles sites, clica naqueles links e compra aqueles produtos é facílimo de rastrear.
Já que é impossível (e bem pouco prático) viver fora do grid de informação digital, é preciso administrar a imagem pública em um ambiente em que até aspirantes a tuiteiros se tornaram celebridades, mesmo sem fazer nada de célebre. Por maior que seja a diferença de influência entre o Tom Hanks e seu correspondente no século 2.0, os cuidados que ambos precisam ter com a exposição indesejada são bem próximos.
A sociedade das opiniões públicas é mais rica e complexa do que aquilo que se chamava antigamente de "opinião pública", ficção sociológica que acreditava ser possível tirar a média do que era declarado e descartar o que desviasse do padrão. Com a popularidade de acesso aos meios de publicação, o indivíduo urbano, globalizado e massificado usa as redes como válvula de escape para manifestar sua identidade e, nesse processo, se expõe de forma inimaginável.
Não é preciso habitar a casa do Big Brother para ter a vida privada transformada em entretenimento. Basta fazer o que não seria feito normalmente em público. [...] As paredes não têm ouvidos, mas todo o resto parece ter.
Já que é impossível retroceder, o que resta é administrar esse novo tipo de patrimônio público. Como todo patrimônio, ele precisa ser estável para se tornar uma referência e, nesse processo, acaba perdendo a espontaneidade, a mais humana de suas características.
Aos poucos as regras de conduta invadem os recônditos da vida pessoal, plastificando a personalidade e a prendendo à máscara construída ao longo da vida, mesmo que não se concorde com ela.
Hoje todos nos tornamos personalidades transparentes. Nunca foi tão fácil checar referências, e, a princípio, não há nada de errado nisso. Uma das principais regras de sobrevivência social, pilar de sistemas tão diversos quanto a maçonaria ou o marketing, sempre foi desconfiar de estranhos. De perto, entretanto, ninguém é normal.
Como diz a polícia dos Estados Unidos, você sempre tem o direito de permanecer calado. Tudo o que disser poderá ser usado contra você. As mídias sociais são, como o próprio nome dá a entender, uma forma de mídia. Pessoas comuns não têm relações públicas, advogados, assessores ou consultores de imagem para auxiliá-las no dia a dia e, por isso, ainda vão demorar para perceber que um vexame registrado on-line é [...] difícil de apagar [...].
Fonte: RADFAHRER, Luli. Celebridades descelebradas. Folha de S. Paulo, São Paulo, 27 jul. 2011.
1) No final do segundo parágrafo o uso do superlativo em “FACÍLIMO” indica que: *
1 ponto
a) atualmente é muito complexo rastrear alguém.
b) atualmente é muito fácil rastrear alguém.
c) atualmente rastrear alguém é algo inacessível.
d)atualmente rastrear alguém é algo moroso.
2) No final do terceiro parágrafo o uso do prefixo -IN em “INDESEJADA” indica que: *
1 ponto
a) a exposição é tolerada.
b) a exposição é ansiada.
c) a exposição não é desejada.
d) a exposição não é recusada.
Respostas
respondido por:
2
1)B
2)C
fiz no class.....
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