• Matéria: Psicologia
  • Autor: brendonjefferson7
  • Perguntado 6 anos atrás

qual papel da religião nas pandemias na idade antiga e descrevelas ​

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respondido por: nowu4500
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Os papas e as pandemias

Foram várias as doenças contagiosas que marcaram a história mundial. Como a Igreja Católica se comportou diante das situações desafiadoras anteriores ao coronavírus?

Papa reza diante de crucifixo milagroso pedindo o fim do coranavírus, em março, no Vaticano

Papa reza diante de crucifixo milagroso pedindo o fim do coranavírus, em março, no Vaticano (Vincenzo Pinto/ AFP)

Mirticeli Medeiros*

O papa Francisco, em uma entrevista concedida ao jornalista inglês Austen Ivereigh, publicada na última quinta-feira (08), disse refletir sobre qual será o seu papel após essa pandemia. Mostrando-se preocupado com a atual situação, o pontífice expõe a sua “crise” por estar impedido de ter contato com as pessoas e fala das “responsabilidades que deverá assumir” quando tudo isso passar. “O povo de Deus precisa do seu pastor próximo a eles, não superprotegendo a si mesmo”, ressaltou.

É interessante porque o próprio papa tem a consciência que o impacto provocado pelo Covid-19 se refletirá em vários setores da sociedade e seus efeitos perdurarão por um longo tempo. Fazendo uma interpretação acurada de suas palavras, é como se o pontífice intuísse que a pandemia promoverá uma mudança de época do ponto de vista histórico, como aconteceu com a peste negra que dizimou um terço da população europeia no século 14. “O depois já está começando a ser revelado como trágico e doloroso, é por isso que nós precisamos pensar sobre isso já”, disse ele durante a entrevista.

Alguns medievalistas heterodoxos, contrariando a delimitação do tempo feita pela historiografia oficial, chegam a defender que essa peste negra marcou o fim da idade média. Por causa das consequências religiosas, sociais e econômicas que a doença provocou, tais estudiosos chegam a falar de uma espécie de fase transitória ou “pré-moderna” inaugurada a partir do fim da doença bubônica.

A chanceler alemã, Angela Merkel, chegou a afirmar que “o coronavírus é o maior desafio desde a segunda-guerra mundial”, pensando justamente ao futuro que nos aguarda. Porém, não trata-se de uma mera previsão apocalíptica, mas da constatação das “sequelas sociais” identificadas após a presença de uma “doença global”: algo que a história, como vimos, já comprovou. Francisco pensa em um “pós-coronavírus” desde já para estruturar o seu “hospital de campo”, que é a Igreja.

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