• Matéria: Português
  • Autor: jubileu3494
  • Perguntado 6 anos atrás

2 — Leia a entrevista com atenção e responda.

MARTINHO DA VILA FALA DA PAIXÃO PELOS PAÍSES LUSÓFONOS

E DA CARREIRA DE ESCRITOR

Martinho da Vila é autor vulcânico. Seus 11 livros, de infantojuvenis a romances, são para

ele tão vitais quanto os 48 discos lançados desde os anos 60. Garante que costuma criar um

álbum de canções como se escrevesse um livro e recomenda que todo mundo tire um dia da

semana para ouvir as faixas de um bom CD só para ler as letras. Nesta entrevista, Martinho

comenta a relação do samba com a língua portuguesa, seu carinho pela lusofonia e seu pro-

cesso criativo de carpintaria literária.

Qual a importância de ter a obra revisitada por artistas tão variados?

Para um compositor, é uma honraria muito grande e gostei mais do projeto, sinceramente,

porque é muito importante para o samba e não só para mim. Em quase todos os projetos do

gênero, em geral se faz algo muito transado, mas o samba sempre fica para o final. O samba

nunca teve um produto como esse, tão bem feito, tão bem armado.

O samba carioca tem uma maneira própria de lidar com o uso das palavras?

A letra do samba é como poesia. Naturalmente, está bem ligada às palavras. O compo-

sitor que é bem cuidado prima pela língua. Enriquece a língua, porque, quando vai compor,

fica buscando palavras para não ficar repetitivo. Fazer letra é mais difícil do que a música,

inclusive. Volta e meia, o poeta, o compositor redescobre uma palavra e até cria palavras.

Esse é o caso de “requenguela” e “kizomba”, que estão na minha obra. Não existiam no di-

cionário brasileiro.

Há liberdade maior no manejo da língua ao se escrever uma letra de música do que um livro?

Nas canções é mais complicado, porque temos de resumir uma ideia e um tema. Para fazer

um samba-enredo, há um tema e é preciso resumir aquilo em poucas linhas. Ele não pode ser

demasiadamente grande. A música tem um limite já determinado. Não há uma canção de duas

folhas, de 30 linhas (risos). Na literatura, há mais liberdade. O livro não tem um limite. Pode es-

crever um pouco, voltar, reescrever, trocar. É muito mais trabalhoso. Mas há responsabilidade

maior com a literatura. Na música, embora o compositor tenha um compromisso com a língua,

com a ideia, com a verdade e a cultura — há muita responsabilidade —, ela é vista como algo de

artista, para ser cantada. Às vezes, a pessoa não gosta muito da letra, mas da melodia. O livro

não. O compromisso do escritor é muito grande, porque é algo que fica para sempre e que será

consultado e reeditado. É complicada a literatura. É dolorido escrever (risos).



a) Sobre o que trata a entrevista?

b) Na entrevista, como o entrevistado foi apresentado?
c) A quem se destina essa entrevista?

d) Qual a contribuição e relevância dessa revista para a sociedade?​


luzzfxz: aquem

Respostas

respondido por: washingtonozin08
25

Resposta:

a) a importância da obra revisitada, o samba carioca, e a liberdade maior no manejo

b) na sua carreira de autor

C) a Martinho da vila

d) ao samba

Explicação: resumi ;)

respondido por: guilhermesantanavald
0

Explicação:

esta tudo errado !!.

⚠️⚠️

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