2 — Leia a entrevista com atenção e responda.
MARTINHO DA VILA FALA DA PAIXÃO PELOS PAÍSES LUSÓFONOS
E DA CARREIRA DE ESCRITOR
Martinho da Vila é autor vulcânico. Seus 11 livros, de infantojuvenis a romances, são para
ele tão vitais quanto os 48 discos lançados desde os anos 60. Garante que costuma criar um
álbum de canções como se escrevesse um livro e recomenda que todo mundo tire um dia da
semana para ouvir as faixas de um bom CD só para ler as letras. Nesta entrevista, Martinho
comenta a relação do samba com a língua portuguesa, seu carinho pela lusofonia e seu pro-
cesso criativo de carpintaria literária.
Qual a importância de ter a obra revisitada por artistas tão variados?
Para um compositor, é uma honraria muito grande e gostei mais do projeto, sinceramente,
porque é muito importante para o samba e não só para mim. Em quase todos os projetos do
gênero, em geral se faz algo muito transado, mas o samba sempre fica para o final. O samba
nunca teve um produto como esse, tão bem feito, tão bem armado.
O samba carioca tem uma maneira própria de lidar com o uso das palavras?
A letra do samba é como poesia. Naturalmente, está bem ligada às palavras. O compo-
sitor que é bem cuidado prima pela língua. Enriquece a língua, porque, quando vai compor,
fica buscando palavras para não ficar repetitivo. Fazer letra é mais difícil do que a música,
inclusive. Volta e meia, o poeta, o compositor redescobre uma palavra e até cria palavras.
Esse é o caso de “requenguela” e “kizomba”, que estão na minha obra. Não existiam no di-
cionário brasileiro.
Há liberdade maior no manejo da língua ao se escrever uma letra de música do que um livro?
Nas canções é mais complicado, porque temos de resumir uma ideia e um tema. Para fazer
um samba-enredo, há um tema e é preciso resumir aquilo em poucas linhas. Ele não pode ser
demasiadamente grande. A música tem um limite já determinado. Não há uma canção de duas
folhas, de 30 linhas (risos). Na literatura, há mais liberdade. O livro não tem um limite. Pode es-
crever um pouco, voltar, reescrever, trocar. É muito mais trabalhoso. Mas há responsabilidade
maior com a literatura. Na música, embora o compositor tenha um compromisso com a língua,
com a ideia, com a verdade e a cultura — há muita responsabilidade —, ela é vista como algo de
artista, para ser cantada. Às vezes, a pessoa não gosta muito da letra, mas da melodia. O livro
não. O compromisso do escritor é muito grande, porque é algo que fica para sempre e que será
consultado e reeditado. É complicada a literatura. É dolorido escrever (risos).
a) Sobre o que trata a entrevista?
b) Na entrevista, como o entrevistado foi apresentado?
c) A quem se destina essa entrevista?
d) Qual a contribuição e relevância dessa revista para a sociedade?
luzzfxz:
aquem
Respostas
respondido por:
25
Resposta:
a) a importância da obra revisitada, o samba carioca, e a liberdade maior no manejo
b) na sua carreira de autor
C) a Martinho da vila
d) ao samba
Explicação: resumi ;)
respondido por:
0
Explicação:
esta tudo errado !!.
⚠️⚠️
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