• Matéria: Português
  • Autor: petrov3654
  • Perguntado 6 anos atrás

A) URGENTE! Leia o texto abaixo, identifique e sinalize as preposições. Em seguida, responda as questões propostas:

Deixem eu ser brasileiro!

Sou tradutor profissional há mais de vinte e cinco anos e a experiência acumulada nesse tempo me

confere uma cristalina certeza: os revisores que trabalham nas nossas editoras pertencem a uma seita secreta com a missão de boicotar ao máximo o português brasileiro, impedir que ele se consagre na língua escrita para preservar tanto quanto possível a norma-padrão obsoleta que eles julgam ser a única forma digna de receber o nome de “língua portuguesa”.

Sempre fico irritado quando recebo os meus exemplares de tradutor e, ao reler o que escrevi, encontro

uma infinidade de “correções” que representam a obsessão paranoica de expurgar do texto escrito qualquer “marca de oralidade”, qualquer característica propriamente brasileira de falar e de escrever o português. É sistemático, é premeditado (só pode ser). Todos os num e numa que uso são devidamente desmembrados em em um e em uma, como se essas contrações, presentes na língua há mais de mil anos, fossem algum tipo de vício de linguagem. Me pergunto por que não fazem o mesmo com nesse, nisso etc., ou com no e na. Por que essa perseguição estúpida ao num, numa? O mesmo acontece com o uso de tinha na formação do mais-que-perfeito composto: tinha visto, tinha dito, tinha falado são implacavelmente transformados em havia visto etc., embora qualquer criancinha saiba que o verbo haver, no português brasileiro, é uma espécie em extinção, confinada a raríssimos ecossistemas textuais…

É claro que o sintoma mais visível e gritante desse boicote consciente ao português brasileiro é a

putrefacta colocação pronominal. A próclise, isto é, o pronome antes do verbo, é veementemente combatida, ainda que ela seja a única regra natural de colocação dos pronomes oblíquos na nossa língua. O combate é tão furibundo que até mesmo onde a tradição gramatical exige a próclise ela é ignorada, e os livros saem com coisas como não conheço-te, já formei-me, porque viram-nos. Isso para não mencionar a jurássica mesóclise, que alguns necrófilos ainda acham que é uma opção de colocação pronominal, desprezando o fato de que se trata de um fenômeno gramatical morto e enterrado na língua dos brasileiros há séculos.

Senhoras revisoras e senhores revisores, deixem a gente escrever em português brasileiro, pelo amor de Oxum! Consultem os seus calendários: estamos no século 21! Vão estudar um pouco, saiam de sua redoma de vidro impermeável às mudanças da língua e venham aprender como se fala e se escreve o português do Brasil!

Leiam alguns verbetes dos nossos melhores dicionários e aprendam que não tem nada de errado em escrever assisti o filme, deixa eu ver, que a forma entre eu e você não é nenhum atentado contra a língua, nem muito menos eu custo a crer! […] Ouçam os apelos de José de Alencar, Mário de Andrade, Monteiro Lobato e tantos outros que há tanto tempo pedem, suplicam, imploram: deixem eu falar e escrever na minha língua, na língua que é a única capaz de expressar meus sentimentos, emoções e ideias! Deixem eu ser brasileiro, deixem eu escrever para ser entendido pelos meus contemporâneos!


1. Marcos Bagno dá alguns exemplos de correções feitas por revisores de texto que, a seu ver, representam um apego excessivo à norma-padrão, contrariando o modo próprio de falar e escrever do brasileiro. Identifique três desses exemplos.

2. Releia esta afirmação: Me pergunto por que não fazem o mesmo com nesse, nisso etc., ou com no e na.

a) Que argumento do autor do texto está contido nessa afirmação?

b) Explique como Marcos Bagno introduz, na própria construção sintática desse enunciado, a crítica às regras de colocação pronominal.

3. Releia o título do texto.

a) Quanto à forma, como ele confirma a posição defendida pelo autor?

b) Que relação o artigo estabelece entre “ser brasileiro” e a crítica feita aos revisores de texto?

4. Segundo Bagno, o apego às regras de colocação pronominal é tão excessivo que acaba gerando a desobediência a essas próprias regras.

a) Identifique o trecho do texto em que ele faz essa afirmação.

b) Explique por que as construções usadas por Bagno para exemplificar esse fenômeno contrariam a norma- padrão

Respostas

respondido por: nilidis
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Introdução - preposições

Preposição é palavra invariável que liga dois termos da  da oração numa relação de subordinação.

Temos os seguintes tipos de preposição :

  • lugar , de
  • modo , em
  • tempo , por
  • distância, a
  • causa, com
  • instrumento, com
  • finalidade, para

As preposições também se dividem em:

  • essenciais: só funcionam como preposição . Ex : a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
  • acidentais: são palavras de outras classes  gramaticais que , às vezes, funcionam como preposição. Ex = afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.

Desenvolvimento - vamos ao exercício

A) URGENTE! Leia o texto abaixo, identifique e sinalize as preposições. Em seguida, responda as questões propostas:

Deixem eu ser brasileiro!

de  nas  com ao  se para de

de  de de do  de de  num e numa em  em um e em uma, se na  de de

com   com no  na. ao  com de na  do  em  no  em

ao do dos  na. até  com  para  ainda de na

em  no  de  da

 dos de  contra , nem e para pelos

1. Marcos Bagno dá alguns exemplos de correções feitas por revisores de texto que, a seu ver, representam um apego excessivo à norma-padrão, contrariando o modo próprio de falar e escrever do brasileiro. Identifique três desses exemplos.

  • O mesmo acontece com o uso de tinha na formação do mais-que-perfeito composto: tinha visto, tinha dito, tinha falado são implacavelmente transformados em havia visto etc.,
  • Todos os num e numa que uso são devidamente desmembrados em  em um e em uma, como se essas contrações, presentes na língua há mais de mil anos, fossem algum tipo de vício de linguagem.
  • É claro que o sintoma mais visível e gritante desse boicote consciente ao português brasileiro é a  putrefacta colocação pronominal. A próclise, isto é, o pronome antes do verbo, é veementemente combatida, ainda que ela seja a única regra natural de colocação dos pronomes oblíquos na nossa língua.

2. Releia esta afirmação: Me pergunto por que não fazem o mesmo com nesse, nisso etc., ou com no e na.

a) Que argumento do autor do texto está contido nessa afirmação?

a exigência muito grande dos revisores

b) Explique como Marcos Bagno introduz, na própria construção sintática desse enunciado, a crítica às regras de colocação pronominal.

Porque ele acha a próculised a colocação natural dos  pronomes.

3. Releia o título do texto.

a) Quanto à forma, como ele confirma a posição defendida pelo autor?

Deixem eu ser brasileiro.  Confirma que ele quer escrever como brasileiro

b) Que relação o artigo estabelece entre “ser brasileiro” e a crítica feita aos revisores de texto?

4. Segundo Bagno, o apego às regras de colocação pronominal é tão excessivo que acaba gerando a desobediência a essas próprias regras.

a) Identifique o trecho do texto em que ele faz essa afirmação.

É claro que o sintoma mais visível e gritante desse boicote consciente ao português brasileiro é a  putrefacta colocação pronominal. A próclise, isto é, o pronome antes do verbo, é veementemente combatida, ainda que ela seja a única regra natural de colocação dos pronomes oblíquos na nossa língua.

b) Explique por que as construções usadas por Bagno para exemplificar esse fenômeno contrariam a norma- padrão

porque há casos de se usar a próclise, a mesóclise e a ênclise.

Conclusões - considerações finais

Saiba mais sobre preposições:

https://brainly.com.br/tarefa/24722745

Sucesso nos estudos!!!

Anexos:
respondido por: torres320
0

1. Seguem três exemplos de correção que indicam apego excessivo à norma-padrão segundo Marcos Bagno: "num", "numa" e "tinha visto".

Quem é Marcos Bagno?

É um linguista brasileiro, professor da Universidade de Brasília, que é um militante em relação ao preconceito linguístico.

Link sobre Marcos Bagno: https://brainly.com.br/tarefa/10962694

2. a. O argumento do autor é que algumas formas linguísticas são vistas de forma estigmatizada sem um embasamento científico.

b. No fragmento, Marcos Bagno utiliza o pronome "me" no início de uma sentença, o que configura próclise. Esse uso, de acordo com a norma padrão, é considerado inadequado. Assim, o linguista utiliza uma forma linguística para exemplificar o que ele diz.

O que é próclise?

É o uso do pronome antes do verbo, muito comum na oralidade.

Link sobre próclise: https://brainly.com.br/tarefa/41199593

3. a. O autor insere o pronome "eu" como objeto, algo comum na fala dos brasileiros e reprovado pelas normas gramaticais.

b. De acordo com o texto, o que os revisores indicam como algo a ser mudado é algo comum na fala informal. Assim, não é considerada as diferentes variações linguísticas.

O que são variações linguísticas?

São diferentes formas de se dizer a mesma coisa.

Link sobre variações linguísticas: https://brainly.com.br/tarefa/25617416

4. a. O trecho é este: "O combate é tão furibundo que até mesmo onde a tradição gramatical exige a próclise ela é ignorada, e os livros saem com coisas como não conheço-te, já formei-me, porque viram-nos."

b. Pelas normas gramaticais, a regra geral de colocação pronominal recomenda a ênclise. A próclise só ocorre quando alguma palavra funciona como atratora do pronome oblíquo.

b. Nos casos citados no trecho acima, deveriam ser utilizadas as formas proclíticas, já que há palavras que atraem o pronome, como palavras negativas e advérbios.

O que é ênclise?

Ocorre quando o pronome aparece após o verbo.

Link sobre colocação pronominal: https://brainly.com.br/tarefa/33680634

Bons estudos!

Anexos:
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