Auto da alma
Alma:
Anjo que sois minha guarda,
olhai por minha fraqueza
terreal!
de toda a parte haja resguarda,
que não arda
a minha preciosa riqueza
principal.
Cercai-me sempre ò redor
porque vou mui temerosa
de contenda.
Ó precioso defensor
meu favor!
Vossa espada lumiosa
me defenda! Tende sempre mão em mim,
porque hei medo de empeçar,
e de cair
VICENTE, Gil. Auto da Barca do Inferno: Farsa de Inês Pereira, Auto da Alma. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 100
O teatro vicentino coloca no centro da cena erros de ricos e pobres, nobres e plebeus, ora enaltecendo virtudes humanas, ora tematizando comportamentos condenáveis. Considerando que Gil Vicente produziu peças de caráter moralizante, no fragmento de “Auto da Alma”, o autor
(A)
ridiculariza os velhos interessados por jovens.
(B)
denuncia os exploradores do povo.
(C)
alegoriza a ganância dos velhos patriarcas.
(D)
evidencia a eterna disputa entre o bem e o mal.
(E)
denuncia a hipocrisia das instituições cristãs.
ManoRato1:
vc ja sabe a resposta ?
Respostas
respondido por:
2
No fragmento de "auto da alma" dado na questão, o autor claramente:
D) evidencia a eterna disputa entre o bem e o mal.
No trecho "Vossa espada lumiosa me defenda! Tende sempre mão em mim, porque hei medo de empeçar, e de cair" fica bem marcado a o divido como o bem maior, defendendo o ator mal dentro dele mesmo, evidenciando a luta entre bem e mal.
Obras que evidenciam o bem e o mal podem ser escritas de duas formas, na forma de luta interne e na forma da luta externa, na luta interna a luta se da pelo medo de se tornar mal, e a luta externa é feita de forma poética.
Espero ter ajudado!
Perguntas similares
5 anos atrás
5 anos atrás
5 anos atrás
7 anos atrás
8 anos atrás