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Do ponto de vista da doutrina budista clássica, a palavra "buda" denota não apenas um mestre religioso que viveu em uma época em particular, mas toda uma categoria de seres iluminados que alcançaram tal realização espiritual
Explicação:
espero ter ajudado:)
O Budismo é geralmente considerado pelos ocidentais como uma religião não-teísta. Embora ensine que existem deuses (Devas), estes são seres que habitam em mundos celestiais de grande felicidade. Tais seres, porém não são eternos nessa forma e estão sujeitos à morte e eventual renascimento em reinos inferiores da existência.
No entanto é preciso fazer a distinção entre os ensinamentos aparentemente não-teístas do Cânone Pali ("agamas") e ensinamentos compatíveis com alguma forma de teísmo das escolas do Tantricas e dos Sutras Mahayana.
Em essência, a metodologia do budismo é incompatível com uma determinação radical ateísta, sendo o seu ensinamento voltado principalmente para o reconhecimento da natureza da realidade como forma de libertar todos os seres da não satisfatoriedade.[1]
Os budistas no Ocidente moderno seguem uma interpretação do Budismo que não admite o sobrenatural nem a divindade, mas essa visão está longe de ser autêntica. Quase certamente representa um modo diferente de encarar o budismo em relação à maior parte da história dessa religião. Nessas interpretações céticas, outros reinos de existência e deuses são vistos por eles apenas como metáforas úteis para entender aspectos da mente.
Mesmo o budismo sendo uma vertente do hinduísmo, o Buda das escrituras Pali trata como algo "vão e vazio” (Digha-Nikaya No. 13, Tevijja Sutta) o fato de que brâmanes (a casta sacerdotal hindu) possam ensinar outros a atingir a união com o que eles próprios jamais viram. Segundo Buda, eles de fato não viram Brahma (um dos principais deuses do hinduísmo) face a face. Contudo, isto não é uma negação da existência de Brahma, mas meramente uma indicação (do Buda) à tolice de alguns professores religiosos em particular que guiavam outros ao que eles mesmos não conhecem pessoalmente.
Embora o próprio Brahma não seja negado por Buda (ver Sutra Brahmajala), ele não é visto (pelo Buda) como um Deus Criador soberano, onisciente e onipotente. Brahma (na visão de algumas correntes) está sujeito à mudança, declínio e morte, assim como qualquer outro ser senciente no samsara (o ciclo de renascimentos) e incapaz de auxiliar a transcender este estado.
Em vez de acreditar em um Deus criador como Brahma (um ser celestial benigno, mas que ainda não está livre de se iludir e renascer), pessoas dispostas a isso são encorajadas a praticar o Dharma (ensinamentos,método de liberação com base nas leis do universo) do Buda, em que a visão correta, o pensamento correto, a fala correta, a ação correta, o modo de vida correto, o esforço correto, a atenção correta e a imersão meditativa correta são superiores e poderiam trazer liberação espiritual. Para o Budismo, a ideia de um deus pessoal agindo como criador absoluto e transcendente é contraditória com os ensinamentos, bem como a ideia de que existe um substrato material divino. O materialismo e o amoralismo, entretanto, são fortemente criticados pelo budismo no sutra Samaññaphala.
O “conceito de Deus” não faz parte da doutrina pali de Buda sobre a liberação do sofrimento ─ embora alguns vejam na noção de “Nirvana” alguma relação com um Absoluto transcendental e impessoal. O principal foco de veneração do budismo inicial é o Darma, a lei metafisica que leva á iluminação, sendo este considerado como objeto de devoção em textos como o controverso Aganna Sutta.