Quais as principais críticas feitas a igreja católica nos séculos XIV e XV?
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Críticas à Igreja Católica é uma denominação abrangente para as diversas observações críticas feitas a respeito das posições atuais ou históricas da Igreja Católica. Uma vez que a Igreja Católica é a maior das igrejas cristãs, representando mais de metade de todos os cristãos,[1] e de um sexto da população do mundo.[2] Estas críticas podem não representar a opinião maioritária de todos os crentes cristãos, existindo um certo pluralismo entre os próprios teólogos, padres, e bispos.
Relações com a maçonaria
A pertença à Maçonaria é condenada pela Igreja, constituindo um pecado grave.[3] Historicamente, as relações entre o catolicismo e a maçonaria são muito difíceis. Clemente XII foi o primeiro papa a confrontar abertamente a Maçonaria, através de sua bula pontifícia In Eminenti.[4] Após ele, diversos papas se opuseram à maçonaria, dentre os quais podemos citar Bento XIV, Pio VII, Leão XII, Pio VIII, Gregório XVI, Pio IX e Leão XIII.[5] Bento XVI, em 1983, quando ainda era cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, explicitou a posição da Igreja Católica que classifica a Maçonaria como "associação que maquina contra a Igreja".[6]
A Igreja criticava os posicionamentos dos maçons contra alguns Estados no século XIX, a defesa da separação entre Igreja e Estado e a visão que Leão XIII chamava de "naturalista".[5] A Igreja também critica o caráter semissecreto da maçonaria.[4][5] Em tempos passados os católicos eram proibidos de pertencerem a Maçonaria, sob pena de excomunhão;[4] ainda hoje a Igreja Católica mantém sua posição em relação à instituição,[6] embora pertencer à associação ainda se caracterize "pecado grave", mas não mais sujeito a excomunhão, mas tem restrita a sua participação nos sacramentos.[7]
Apesar da proibição oficial, há membros da igreja na maçonaria. Vários académicos, incluindo alguns estudiosos próximos do catolicismo tradicionalista, afirmam que os Papas João XXIII e Paulo VI seriam ligados a certas lojas maçônicas, ou mesmo filiados à Maçonaria.[8] Também há de se notar que vários maçons e católicos (principalmente os tradicionalistas) consideraram o Concílio Vaticano II como responsável por uma maior tolerância, ou mesmo aproximação, entre Maçonaria e Igreja Católica.
Relações com o protestantismo
Os protestantes e os católicos sempre entraram em controvérsia quanto à veneração, purgatório, primazia papal, justificação pela fé e outras doutrinas, fazendo acusações mútuas de heresia. Apenas pelos esforços ecumênicos, a tese da justificação pela fé foi esclarecida, e não é mais um ponto controverso entre protestantes luteranos históricos e católicos.[11]
Há esforços ecumênicos para deixarem de lado as diferenças. Porém são criticados por alguns[quem?] membros de ambos os lados: para o lado protestante, há a acusação de a Igreja Católica "não mudar"; e para o lado católico, há a acusação de que o verdadeiro ecumenismo não se dá abandonando a verdade revelada, mas seguindo-a plenamente através da "Igreja do Deus Vivo, Coluna e sustentáculo da Verdade" (I Tim 3:15), a qual os católicos creem ser a Igreja Católica. Além disso, o dogma católico "fora da Igreja não há salvação" é considerado pelos protestantes como uma barreira que impede a eficácia de um ecumenismo de "mão-dupla". Mas, a Igreja Católica afirma também que todos os não-católicos podem ser salvos, desde que "procuram sinceramente Deus e, sob o influxo da graça, se esforçam por cumprir a sua vontade".[12] Mas, ela defende que todas as pessoas (católicas ou não) que obtiveram a salvação é, de alguma forma, por causa da Igreja Católica, porque a salvação só se tornou possível pelo sacrifício pascal de Jesus Cristo, o fundador e cabeça da Igreja.
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