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publicado na revista Istoé (17/04/96), lê-se: "A direção nacional do MST também quer audiência com o presidente FHC. Toda a movimentação obteve repercussão internacional, ao ser mostrada pela rede CNN. Questionado por um correspondente da emissora no País, FHC disse que seu governo está preocupado, mas não pelo tamanho da marcha de quarta-feira. 'O Brasil é um país urbano e temos mais de 75% da população nas cidades. Esses são problemas localizados', reagiu.". No dia seguinte ao massacre de Eldorado dos Carajás, o presidente procurou minimizar o problema: "os sem-terra e a polícia militar são representantes do Brasil arcaico". Alertado por assessores, e atento à repercussão internacional, o presidente foi obrigado a mudar o tom. Novamente na revista IstoÉ (24/04/96), lê-se: "No dia seguinte à chacina, o presidente (...) classificou de 'representantes do Brasil arcaico' os sem-terra e a polícia. (...) Na tarde de quinta-feira, 18, de olho na repercussão internacional atingida pela matança, o presidente resolveu ele próprio conceder uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto. (...) Em 1996, o governo ainda não assentou nenhuma família.". No dia 18 de abril, um dia depois do massacre de Eldorado dos Carajás, o ministro da Agricultura José Eduardo Andrade Vieira, proprietário de grandes extensões de terras, foi destituído. Logo em seguida, o Ministério da Agricultura foi desmembrado, com a recriação do Ministério da Reforma Agrária, que tinha sido extinguido ao final do governo Sarney, com Raul Jungmann como titular da pasta.