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Alexandre ainda reforça a necessidade dos professores evitarem o comodismo e diz que é importante “procurar sempre novas metodologias de ensino, novos jogos, brincadeiras, instrumentos que lhe permitam diversificar sua prática”. Nesse sentido, para o professor, manter um canal de diálogo com os alunos é fundamental, embora seja necessário tomar cuidado para não ceder às vontades dos estudantes e acabar virando o que Alexandre chama de “professor amigão”.
Como exemplo de método envolvendo a participação dos alunos, ele destaca o chamado planejamento participativo. Essa metodologia, que deve ser aplicada, de preferência, em turmas com faixa etária acima dos 11 anos, consiste em dar espaço para que os alunos possam sugerir atividades com as quais se identifiquem. De acordo com Alexandre, isso faz com que o estudante se envolva mais com a aula, uma vez que passa a ser “um elemento construtor, integrante do processo”.
Diante disso, o professor lembra que as crianças e adolescentes mudam ao longo do tempo e que o educador deve se esforçar para conseguir “falar a língua” das novas gerações. “Se não nos atualizarmos, acabamos sendo meros repetidores da prática constante, “pasteurizando” o ensino, repetindo a mesma prática ao longo de 10 anos, mesmo que a criança de maneira geral tenha mudado muito seu jeito de ser nesse intervalo de tempo”, explica. “Acima de tudo, não podemos ser preguiçosos e temos que estar sempre interessados em aprender mais”.