• Matéria: Biologia
  • Autor: amanda881167
  • Perguntado 6 anos atrás

Qual a influência econômica no American Way of Life?​

Respostas

respondido por: gio1zicker
4
Para eles, os homens deveriam trabalhar o dia todo e as mulheres serem donas de casa e dar seu tempo para cuidar de seus filhos e queriam convencer o restante dos países que seu modo de vida era “melhor”
respondido por: wanialauraborges
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Resposta:

American Way of Life

Juliana Bezerra

Juliana Bezerra

Professora de História

American way of life ou "estilo de vida americano" foi um modelo de comportamento surgido nos Estados Unidos após a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.

Este modo de viver passava pelo consumismo, a padronização social e a crença nos valores democráticos liberais.

Características do American Way of Life

A ideia de uma vida feliz, vitoriosa e onde há liberdade definem este jeito de vida americano. Esta felicidade alcançada pelos meios materiais tornou-se a válvula de escape para esquecer os horrores da Primeira e da Segunda Guerra.

Estilo de vida americano

O ideal de vida americano passava pelo consumo de muita comida, produtos e atividades de lazer

O American Way of Life só foi possível por conta da superioridade tecnológica americana, do poderio do seu exército e do arsenal de guerra desenvolvido após os conflitos.

A fabricação em massa possibilitou o consumo em grande escala e com o crédito barato, os americanos aproveitaram para comprar bens, muitas vezes supérfluos.

O automóvel vira um objeto de desejo, especialmente a partir do seu abaratamento realizado pelo empresário Henry Ford.

A televisão passa a ser um item indispensável nas casas e, com ela, a divulgação de um determinado padrão de beleza, de vida e comportamentos.

Por isso, os Estados Unidos venderam a ideia da felicidade pelo consumo, onde comprar e desfrutar o tempo livre em atividades de lazer são o eixo central da existência.

Veja também: O que é Consumismo?

Crise de 1929

Essa prosperidade será posta em xeque quando acontece a queda da Bolsa de Nova York e os Estados Unidos enfrentam uma forte crise econômica.

Fila do pão em Kentucky

O contraste entre o cartaz com os dizeres "O mais alto nível de vida do mundo - não há outro estilo melhor que o estilo americano" e pessoas esperando sua vez na fila do pão, em Kentucky, 1937.

Sem conseguir fabricar como antes, várias indústrias fecham as portas e o desemprego aumenta. Milhares de pessoas perdem seus bens e os níveis de consumo caem.

Para erguer a economia americana, o presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945) lança o programa New Deal. No entanto, somente com a Segunda Guerra Mundial, os EUA recuperam sua capacidade produtiva.

Veja também: Crise de 1929 (Grande Depressão)

Guerra Fria

O American Way of Life emerge com força após a Segunda Guerra Mundial. Deste modo, o modelo americano se impõe em todo mundo e será a referência de bem-estar para os países capitalistas ocidentais.

Assim, os Estados Unidos construíram uma sociedade praticamente sem desemprego onde todos os sonhos podiam ser realizados.

Esta vitrine de sociedade perfeita e igualitária, vendida através dos filmes e das propagandas, serão fundamentais para lutar contra a União Soviética e o comunismo durante a Guerra Fria.

Veja também: Guerra Fria

O Outro Lado do Estilo de Vida Americano

No entanto, nem toda sociedade foi beneficiada por esta prosperidade.

Os afro-descendentes estiveram excluídos dos direitos civis durante a primeira metade do século XX e nas décadas de 50 e 60 aconteceram as grandes manifestações pela igualdade jurídica.

Também o anticomunismo chegou a níveis de histeria com as investigações levadas a cabo pelo senador Joseph Raymond McCarthy (1909-1957).

Em sua luta contra as ideias comunistas, McCarthy conseguiu aprovar uma lei na qual qualquer cidadão americano poderia acusar outro, sem provas, de ser comunista.

Isso levou a verdadeiros expurgos nas universidades, administração pública e na indústria de entretenimento, como o cinema de Hollywood.

Veja também: Macartismo

American Way of Life no Brasil

Propaganda nos anos 50

A publicidade de eletrodomésticos espalhava o padrão de vida e beleza americanos

O Brasil não ficou imune ao estilo de vida americano. Com a política da Boa-Vizinhança realizada pelos Estados Unidos e aceita por Getúlio Vargas, os americanos foram se tornando os primeiros exportadores de produtos domésticos para o Brasil.

Desta forma, o comércio se encheu de bens de consumo que só estavam acessíveis a um pequena parte da população. Comprar a crédito e, consequentemente, endividar-se, era a única saída para imitar este padrão de vida.

Após a Segunda Guerra, com o alinhamento do Brasil aos países ocidentais, a adoção do estilo de vida americano ficou patente com importação de refrigerantes, chicletes, carros e de um jeito de viver que primava pelo consumo antes de tudo.

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