• Matéria: Português
  • Autor: ds0662142
  • Perguntado 6 anos atrás

Texto: O PRIMEIRO AMOR É VIVIDO EM FANTASIA





Como regra geral, nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho. A pessoa que desperta em nós todo o sentimento, toda a vontade de agradar e de se dedicar nos mínimos detalhes, toda a vontade de aconchegar e ser aconchegado, na maior parte das vezes nem sabe do nosso amor por ela. Não temos coragem de contar, pois morremos de medo da rejeição. Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real para o qual não estamos preparados. Ou seja, não contar interessa nos dois casos. Se algum amigo superíntimo fica sabendo e faz alguma brincadeira a respeito, ficamos com o rosto vermelho, negamos tudo e fingimos indignação. A outra pessoa, a amada, fica sem saber se é gozação ou se é de verdade. Melhor assim. Tudo se passará apenas na cabeça da gente, longe dos riscos da vida real.
No sonho é claro que somos correspondidos. Beijamos e somos beijados. Beijos de ternura. O sexo, na maioria dos casos, está em segundo plano. Passeamos, de mãos dadas, por jardins floridos. Sentamos na grama nós olhamos com olhar de enlevo próprio do encantamento amoroso. Dizemos coisas bonitas para outro, falamos das virtudes do outro. Não cansamos de elogiar a pessoa amada.
[...] Se pensarmos bem, o sonho romântico não é muito criativo. Quase sempre é a mesma história. As variações são mais de cenário e figurino: uns preferem a montanha, outros a praia. Uns preferem saias rodadas, outros as calças jeans. O amor é o prazer da companhia, os elogios que esse prazer costuma trazer para nossos lábios, e também a insegurança – o medo de perder a pessoa que nos traz toda a felicidade. Assim sendo, uma parte do discurso é de reasseguramento: “Vou amar você para sempre. Vou dizer toda hora que amo você. Se você me largar, eu morro” etc. Sempre que vivemos o amor, o fazemos como se estivéssemos vivendo uma história extraordinária. A verdade, no momento, é que é uma “história extraordinária” exatamente igual a todas as outras histórias de amor! E isso não faz mal algum, porque é bom do mesmo jeito!

GIKOVATE, Flávio. Namoro: relação de amor e sexo.
São Paulo: Moderna, 1993


1- Podemos dizer que esse texto foi escrito com a intenção de informar, esclarecer as pessoas acerca dos assuntos referentes aos relacionamentos humanos? (  ) sim ou (   ) não.

2- Esse texto trata especificamente de que momento da vida dos adolescentes? Explique.

3- Qual é a área profissional do autor desse texto?

4- A ideia principal do texto está contida na passagem: “ Como regra geral, nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho”. ( ) sim ( ) não.

5- Em que passagem do texto o autor explica por que contar sobre os sentimentos não interessa a que está apaixonado? Transcreva a passagem.

6- De acordo com o texto viver essa fantasia romântica prepara o adolescente para o quê?

Respostas

respondido por: julha77
1

Resposta:

1- sim

2- Do momento das paixões, amores, namoros e decepções amorosas. Fala sobre como fica o cérebro e as nossas emoções durante a adolescência neste período.

3- ele é médico e escritor.

4- não

5-"Não temos coragem de contar, pois morremos de medo da rejeição. Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real para o qual não estamos preparados. Ou seja, não contar interessa nos dois casos."

6- Para as relações interpessoais.

espero ter ajudado

respondido por: JessicaMeiraSouza
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1. Não podemos dizer que o texto tem a intenção de informar ou esclarecer acerca de relacionamentos humanos, ele tem uma linguagem mais opinativa e constrói sua narrativa como em um diálogo, sobre o amor e suas reações.

2. O texto trata o momento em que o jovem descobre o amor, seu primeiro amor, momento em que ele sente um misto de sentimentos e todos com grande intensidade.

3. No texto disposto não menciona a profissão do autor, mas acredito que ele seja um pesquisador.

4. Sim. Durante todo o texto o autor sustenta e embasa essa teoria, mostrando como o ser humano apaixonado sonha e cria em sua cabeça cenários e reações para lidar com seus sentimentos.

5. O autor fala sobre o medo da rejeição, que é um dos motivos para o apaixonado preferir manter seu sentimento apenas para si: "Não temos coragem de contar, pois morremos de medo da rejeição. Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real para o qual não estamos preparados".

6. O amor é vivido como uma história extraordinária e isso é bom, sendo realidade ou parte de desejos secretos.

Espero ter ajudado!

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