Respostas
Para além de todos os benefícios que a dança traz para o corpo, como a melhora da resistência física, aumento da flexibilidade e definição do tônus muscular, ela também ajuda a adquirir mais consciência sobre o próprio corpo, algo fundamental para uma pessoa com deficiência.
Contudo, no universo da dança, a exigência de um corpo perfeito, com padrões definidos de beleza e perfeição, é parte do discurso de muitos daqueles que atuam na área, em estilos e linguagens de diferentes danças. Talvez o papel da dança para pessoas com deficiência mental segundo profissionais que atuam nas APAEs da região de Campinas Karen Piva Juan de Freitas; Aletha S Caetano; Maria da Consolação Gomes
Cunha Fernandes Tavares.
Faculdade de Educação Física- Universidade Estadual de Campinas. as exigências ligadas à estética corporal, possam ser responsáveis pela escassez de pesquisas que aborde a dança e a pessoa com deficiência. “Não se trata de apenas um corpo ‘deficiente’ numa sociedade considerada ‘saudável’; trata-se de uma concepção de sociedade, inclusa todas as suas fragmentações e contradições, e de uma concepção de ser humano não perfeccionista, não
absoluta, negadora pela sua própria materialidade, do modelo de estética e fisiologicamente padronizado.” (ANCONA, 2008). Segundo Ferreira (2003), a relação entre a deficiência e a dança traz efeitos que foram construídos
anteriormente sustentando sentidos do antiestético. A forma com que o dançarino deficiente se movimenta no espaço reforça a idéia acima mencionada. Esse sentido antiestético evidenciado a cada movimento, contribui para que a dança para deficientes seja posta a margem social.