• Matéria: Direito
  • Autor: yzmrz98805
  • Perguntado 6 anos atrás

Por exemplo: Um idoso fica fica praticando assédio com uma menor de idade, pessoas, tanto menores quanto maiores de idade, aparecem e presenciam esse momento e acabam espancando esse idoso, oque de acordo com a lei, acontece com o idoso, os menores e os adultos que fizeram isso?

Respostas

respondido por: Alessandra2447
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Resposta:

Crianças e adolescentes

A violência contra as crianças e adolescentes e bastante subnotificada. Pesquisa

realizada entre maio de 1997 e maio de 1998, coordenada pela Amencar2

, com o objetivo

de caracterizar a violência envolvendo crianças de zero a catorze anos, em Porto Alegre e

na região metropolitana, identificou 1.754 casos. Destes, 80% ocorreram dentro de casa.

As situações mais freqüentes atingiram crianças de zero a três anos e de nove a 12 anos,

sendo que apenas 263 vítimas receberam alguma forma de tratamento.

A violência doméstica na adolescência é também muito elevada e os profissionais de

saúde precisam estar atentos ao problema em sua prática diária. Um trabalho do Comitê

Latino-Americano de Estudos sobre a Violência (CLAVES), feito com uma amostra

representativa de alunos das escolas públicas estaduais e particulares de Duque de

Caxias/RJ, mostra que, em 1991, 31,6% dos 1.328 adolescentes entrevistados (11 a 17

anos), relataram sofrer violência por parte de ambos os pais; 13,6%, apenas violência da

mãe, e 7,6%, do pai. No total, 52,8% dos adolescentes afirmam sofrer violência de um ou

de ambos os pais. Em relação à violência severa, praticada pelos pais, observou-se um

percentual de 12,8%.

Nas estimativas encontradas na literatura internacional, 80% dos abusadores têm idade

em torno de 40 anos, e 70% são homens. Crianças que vivem com apenas um dos pais têm

cerca de 80% a mais de riscos de sofrerem maus-tratos e 2,2 vezes mais chances de terem

sua educação negligenciada.

Idosos

No que diz respeito aos idosos, no Brasil não há estudos que forneçam dados sobre

números de casos e perfil das vítimas ou agressores. A experiência de alguns serviços,

recentemente criados, mostra que o perfil assemelha-se ao encontrado em outros países. As

vítimas são, geralmente, mulheres viúvas, de idade avançada, com problemas físicos ou

cognitivos e que moram em companhia de familiares. A Promotoria de Atendimento ao

Idoso de São Paulo, serviço pioneiro no país, recebe queixas de maus-tratos contra idosos

cometidos por instituições ou por familiares, e 40% das 60 denúncias semanais de abuso

dizem respeito à violência doméstica.

O mais extenso estudo com base populacional, realizado nos Estados Unidos, sobre

violência contra idosos, mostrou a incidência de 32 casos em cada 1000 pessoas idosas.

Em 1997, estudo realizado no Canadá revelou que em 2% de todos os crimes violentos

registrados, numa amostra de 179 delegacias de polícia, a vítima era uma pessoa idosa,

com 65 anos ou mais. Em aproximadamente 1/4 destas ocorrências, os próprios membros

da família haviam cometido os crimes.

Assim como ocorre com mulheres adolescentes e meninas, as mulheres com 65 anos

ou mais são vítimas de violência intrafamiliar com mais freqüência do que os homens

da mesma faixa etária. O estudo canadense comprovou o envolvimento de familiares

em 29% das ocorrências contra as mulheres idosas, comparado a 17% contra os homens

idosos.

Outros estudos norte-americanos demonstram que a violência contra o idoso aumentou

106% no período de 1986 a 1994. Estimativas inglesas apontam incidência de 1 a 2

milhões de casos por ano. Entretanto, acredita-se que apenas um caso em 14 é denunciado.

Os mesmos estudos revelam uma prevalência de negligência de 45%; abuso físico, de

26%; abuso financeiro, de 20%, abuso emocional, de 14%; abuso sexual, de 1,6%; e

autonegligência de 50% dos casos.

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