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Platão
Platão (428/427-348/347 a.C.) afirmava que existem dois mundos: o sensível que é aquele em que nos encontramos e o inteligível que só pode ser alcançado pela razão e pela lógica. Para Platão, só o mundo inteligível é real enquanto que o sensível é transitório e ilusório. Ele explicou isso no famoso Mito da Caverna:
"Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vem de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza."
Aristóteles
Aristóteles (384-322 a.C.) foi discípulo de Platão, mas nunca aceitou essa ideia de dois mundos distintos. Para Aristóteles só havia um mundo: este em que nos encontramos. Se o homem não consegue conhecer algo mais do que os seus sentidos lhe mostram, então é porque esse algo não existe ou, na melhor das hipóteses, não vale a pena ser conhecido e por isso não é nada para nós.
O pensamento aristotélico baseia-se portanto no mundo sensível. A partir daí, Aristóteles tentou compreender e conhecer o máximo que pôde do mundo sensível, o único que existe na sua opinião.
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