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Nas regiões mais pobres do Brasil a prática foi (e, de certo modo ainda é) bastante recorrente, uma das principais características do que se costuma definir como coronelismo. Desde os tempos do Império, onde se realizaram as primeiras eleições do Brasil como país independente, a prática da fraude eleitoral é uma praga de difícil combate. No período áureo do coronelismo, no início do século XX, o eleitor só precisava levar um pedaço de papel com o nome do seu candidato e depositar na urna. Tratava-se de um papel qualquer, trazido de casa mesmo. Para os coronéis, bastava entregar a cada um de seus empregados um papel já preenchido, e como a grande maioria destes "eleitores" era analfabeta, estes apenas assinavam seus nomes (lembrando que analfabetos não podiam votar). Isso não era de modo algum problema para os coronéis, já que eles mesmos escreviam nos papéis o que bem desejassem. Como os criados não sabiam ler, muitas vezes eles votavam sem sequer saber o que estava escrito no papel que depositavam na urna. Aliás, era prática do coronel fornecer o transporte a estes pretensos eleitores, que recebiam as "instruções" ao irem votar.
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