Respostas
Resposta:
Em Hobbes, como em Maquiavel, o poder é precipuamente político. Com
seu Leviatã (1631) almeja fornecer uma justificação racional para o surgimento do
Estado e explicar as razões pelas quais as ordens do soberano absoluto devem ser
obedecidas. Legitimado pela abnegação dos direitos naturais dos indivíduos, o
governante hobbesiano detém poder absoluto, pois controla tanto o poder
espiritual quanto o econômico.
Para Hobbes, não é necessário imaginar uma gradual complexificação das
relações sociais, começando da família, passando pelas tribos, para explicar o
surgimento do Estado. Ele reduz o processo a dois momentos, o antes e o depois.
No primeiro momento, antes do Estado, vigoraria o estado de natureza, no qual
cada indivíduo é livre para fazer o que quiser. Dessa liberdade e igualdade geral
decorre, na sua visão, o caos, pois sendo um ser passional que busca perseverar
na vida e ampliar seus domínios, os indivíduos viveriam em permanente estado de
guerra uns contra os outros. A insegurança, a desconfiança e o medo constantes