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OS HUMANISTAS, AS ARTES E AS NOVAS TECNOLOGIAS E A CIÊNCIA
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AS NOVAS TECNOLOGIAS E A CIÊNCIA
O crescimento do comércio e da produção artesanal estimulou a invenção de novas tecnologias, para que se pudessem alcançar maiores lucros. Essas inovações tecnológicas partiam da exploração da natureza, da observação e de experiências cada vez mais rigorosas, originando o que chamamos hoje de Ciência.
Os novos cientistas eram contratados tanto pela burguesia quanto pelos reis, pois estes últimos buscavam a melhoria de seus equipamentos militares a fim de se imporem como potência política (formação das Monarquias Nacionais). Novos maquinários foram introduzidos nas oficinas manufatureiras, além do grande investimento na indústria náutica, já que era através dos mares que o comércio europeu mais se expandia.
Uma outra novidade dessa época foi a introdução dos algarismos arábicos na cultura européia. Esse conhecimento foi desenvolvido no Oriente e trazido para a Europa por mercadores. A utilização dessa “ferramenta” de cálculo facilitou a contabilidade (e enriquecimento) da burguesia e, também, possibilitou o desenvolvimento do pensamento abstrato entre os cientistas.
Dentro desse espírito inventivo, em pouco tempo os cientistas desenvolveram as primeiras noções modernas da Matemática, da Óptica, da Mecânica, da Engenharia, da Medicina e da Astronomia. Os principais expoentes desse período foram: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Leonardo da Vinci, Johannes Kepler e Andreas Vesálio.
OS HUMANISTAS
As Universidades européias foram criadas na Idade Média e estavam subordinadas à doutrina conservadora da Igreja Católica. Mas em meio as grandes transformações do fim da era medieval, surgiu dentro das Universidades um movimento que buscava modernizar essa instituição, propondo o ensino de novas disciplinas, chamadas de “estudos humanos”. Os defensores dessa reforma educacional foram chamados de humanistas.
Os humanistas preferiam o estudo das línguas clássicas (grego e latim) em oposição aos textos religiosos medievais. Ao traduzirem os textos clássicos, esses pensadores ajudaram a divulgar a cultura da Antiguidade: a vida urbana, o racionalismo, a biografia de grandes heróis, a história de batalhas e governos, o ideal de beleza física, a busca do luxo e do prazer pela vida e, o mais importante, a valorização do homem enquanto agente de sua própria história (antropocentrismo).
Influenciados por esses estudos humanísticos, alguns pensadores da época passaram a acreditar que estivessem vivendo um renascimento da cultura própria da humanidade, depois de um longo período em que o saber esteve voltado somente aos estudos religiosos. Daí o nome Renascimento (ou Renascença) ter sido dado a esse momento histórico.
AS ARTES
Essa nova forma de compreender a realidade colocou em xeque os valores medievais (ligados ao poder da Igreja e da nobreza), enquanto ressaltava as características próprias da burguesia: racionalismo, individualismo e hedonismo. E a produção artística desse período foi o que melhor representou e divulgou todas essas mudanças.
A partir do século XIV uma nova geração de artistas, influenciada pelo pensamento humanista, passou a utilizar as novas tecnologias e os novos saberes disponíveis para criar uma outra expressão de arte, que se colocava contra os padrões estabelecidos pela Idade Média (arte de caráter religioso, didático, hierárquico e imóvel).
O desenvolvimento de novas ferramentas (por exemplo: tintas, pincéis, argamassas), a melhor compreensão da natureza, da Anatomia, da Matemática, a utilização de conceitos como “luz e sombra” e perspectiva possibilitaram a esses artistas a criação de obras (pintura, escultura, arquitetura, literatura) que expressavam de forma brilhante essa nova mentalidade européia: dinâmica, grandiosa, naturalista e antropocêntrica.
Todas as transformações no campo das artes despertou o interesse da burguesia, que via nessa nova proposta um espelho de seus próprios valores, e por isso, muitos burgueses passaram a patrocinar os artistas, sendo chamados de mecenas (protetores das artes).
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