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Nesta entrevista, a filósofa Marilena de Souza Chaui reconstitui seu percurso de estudante e professora de filosofia, tanto no ensino médio quanto no ensino superior, analisa sua participação na resistência à ditadura civil-militar no interior da universidade e destaca a importância das suas atividades como pesquisadora do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) e como secretária da cultura da cidade de São Paulo no governo de Luiza Erundina. A partir disso, propõe uma reflexão sobre as transformações da universidade brasileira nas últimas décadas, uma análise sobre a ideia de cidadania cultural e sobre alguns pontos cruciais para a atividade docente, especialmente no que concerne ao ensino de filosofia. Contrária à concepção de docência fundamentada na transmissão de conhecimentos, CHAUI defende um ensino que percorra o trabalho do pensamento dos filósofos, cientistas e artistas, mas que também se debruce sobre experiências novas. É fundamental, argumenta a autora, que o professor auxilie seus alunos a fazerem a passagem da experiência vivida à experiência compreendida.