2 — (UFMG) Na experiência de espalhamento de partículas alfa, conhecida como "experiência de Ru- therford", um feixe de partículas alfa foi dirigido contra uma lâmina finíssima de ouro, e os experi- mentadores (Geiger e Marsden) observaram que um grande número dessas partículas atravessava a lâmina sem sofrer desvios, mas que um pequeno número sofria desvios muito acentuados. Esse resultado levou Rutherford a modificar o modelo atômico de Thomson, propondo a existência de um núcleo de carga positiva, de tamanho reduzido e com, praticamente, toda a massa do átomo. Assinale a alternativa que apresenta o resultado que era previsto para o experimento de acordo com o modelo de Thomson. a) A maioria das partículas atravessaria a lâmina b) A maioria das partículas sofreria grandes desvios ao atravessar a lâmina. c) A totalidade das partículas atravessaria a lâmina de ouro sem sofrer nenhum desvio. d) A totalidade das partículas ricochetearia ao se chocar contra a lâmina de ouro, sem conseguir atravessá-la.
Respostas
Resposta:
A
Explicação:
Para contextualizar um pouco.
Rutherford tinha sido orientado por Thomson no laboratório de Cavendish, e, assim como grande parte do meio acadêmico, acreditava no modelo atual, que lidava com a massa do átomo distribuída uniformemente pelo espaço. É bastante interessante notar, que, apesar de o seu estudo mais citado nas escolas de ensino médio ser o da teoria atômica, seu foco principal era a radioatividade, recém descoberta por Marie e Piere Curie. Estudo esse, que lhe rendeu um Nobel em 1908 pela descoberta das partículas alfa e beta, antes mesmo do experimento que trouxe o modelo do planetário.
Quando ele decidiu bombardear partículas alfa na folha de ouro, esse elemento não foi escolhido ao acaso; Rutherford sabia que o poder de penetrância das partículas alfa era baixo, mas o ouro é um metal que permite fazer lâminas muito finas e possibilitar a passagem dessas partículas. Tendo em vista o modelo de Thomson, ele supôs que as partículas alfa atravessariam a folha e pouquíssimas desviariam, pois elas possuíam uma energia muito grande, devido a alta velocidade (5% da velocidade da luz). Dessa forma, se observasse tal resultado o modelo de Thomson seria validado.
Porém, para sua surpresa, ele observou partículas ricocheteando, e voltando em direções muito diferentes das calculadas, algo que, segundo o modelo vigente, seria impossível matematicamente. O que então lhe restou para explicar suas observações foi a proposição do um novo modelo atômico, o Planetário.