Respostas
No início da Civilização Hebraica as mulheres dos Patriarcas eram as Matriarcas, mulheres ouvidas, respeitadas e admiradas. Havia mulheres profetisas e juízas. As mulheres estavam presentes no Monte Sinai no momento em que Deus falou a Moisés e tornou o povo de Israel o povo eleito. Eram activas nas celebrações religiosas e sociais, dos actos políticos. Actuavam no plano económico. Tinham voz, tanto no campo privado como no público.
A palavra hebraica para mulher ('ishshah) significa “ser macia, delicada” e é um contraste com a palavra homem ('ish) que significa, pela variante da raiz, “ser forte”. Para os hebreus o homem era a cabeça da mulher, mas só porque esta foi criada em segundo lugar, não significando de facto uma inferioridade da mulher.
Na bíblia encontra-se expresso que a mulher, como o homem foram feitos a é “imagem e semelhança de Deus”.
Com o passar do tempo e por força das influências estrangeiras foram excluídas da actividade pública e passaram a ficar limitadas ao lar. Passaram a ser definidas no aspecto biológico, como mães procriadoras sendo dependentes, primeiro do pai e depois do marido. Sob o ponto de vista psicológico passou a considerar-se que eram incapazes de dedicar-se a temas tidos sérios ou importantes, exclusivos dos homens.
A inferioridade da mulher passa a ser apresentada como resultado do pecado original e alguns rabinos chegavam ao extremo de considerar “que a mulher não possuía alma e que era preferível queimar a Lei do que ensiná-la a uma mulher”,