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O Socialismo científico é um termo cunhado em 1840 por Pierre-Joseph Proudhon em What is Property? para se referir a uma sociedade governada por um governo científico, ou seja, aquele cuja soberania repousa sobre a razão, ao invés de pura vontade. Assim, numa determinada sociedade, a autoridade do homem sobre o homem é inversamente proporcional ao estágio de desenvolvimento intelectual que essa sociedade alcançou; e a provável duração dessa autoridade pode ser calculada a partir do desejo mais ou menos geral de um verdadeiro governo - isto é, de um governo científico. E assim como o direito da força e o direito do artifício recuam diante do avanço constante da justiça, e devem finalmente se extinguir em igualdade, assim a soberania da vontade cede à soberania da razão, e deve enfim se perder no socialismo científico. Mais tarde, em 1880, Friedrich Engels usou o termo para descrever a teoria sócio-político-econômica de Karl Marx. Embora o termo socialismo tenha significado especificamente uma combinação de ciência política e econômica, também é aplicável a uma área mais ampla da ciência, abrangendo o que hoje é considerado sociologia e humanidades. A distinção entre socialismo utópico e científico originou-se de Marx, que criticou as características utópicas do socialismo francês e da economia política inglesa e escocesa. Engels mais tarde argumentou que os socialistas utópicos não conseguiram reconhecer por que o socialismo surgiu no contexto histórico que ele criou, que surgiu como uma resposta às novas contradições sociais de um novo modo de produção, ou seja, o capitalismo. Ao reconhecer a natureza do socialismo como a resolução dessa contradição e aplicando uma compreensão científica completa do capitalismo, Engels afirmou que o socialismo havia se libertado de um estado primitivo e se tornado uma ciência.