O sistema do colonato entre os romanos (...)“Como aquela era uma sociedade urbana, naturalmente a crise se manifestava mais claramente nas cidades, com as lutas sociais, a contração do comércio e do artesanato, a retração demográfica, a pressão do banditismo e dos bárbaros. Assim, entende-se que os mais ricos se retirassem para suas grandes propriedades rurais (viIIae), onde estariam mais seguros e onde poderiam obter praticamente todo o necessário. (..)Colocava-se, então, a questão da mão de obra rural, que foi solucionada por um regime de tripla origem, que atendia ao interesse dos proprietários em ter mais trabalhadores, ao interesse do Estado em garantir suas rendas fiscais e ao interesse dos mais humildes por segurança e estabilidade. Desse encontro nasceu a importante instituição do colonato.De fato, as crescentes dificuldades em se obter tanto mão de obra escrava (devido aos problemas de abastecimento) quanto livre (devido ao retrocesso populacional) punham em xeque as possibilidades de o grande proprietário explorar suas terras proveitosamente. Buscou-se então um novo sistema. Por este, a terra ficava dividida em duas partes: a reserva senhorial e os lotes camponeses. Estes lotes eram entregues a indivíduos em troca de uma parcela do que eles aí produzissem e da obrigação de trabalharem na reserva senhorial sem qualquer tipo de remuneração. Tudo que era produzido na reserva cabia ao proprietário.(...) Para os marginalizados sem bens ou ocupação e para os camponeses livres, trabalhar nas terras de um grande proprietário significava casa, comida e proteção naquela época de dificuldades e incertezas. Para os escravos, receber um lote de terra era uma considerável melhoria de condição. Para o seu proprietário, era uma forma de aumentar a produtividade daquela mão de obra e ao mesmo tempo baixar seu custo de manutenção, pois os escravos estabelecidos num lote de terra (servi casati) deixavam de ser alimentados e vestidos por seu amo, sustentando-se a si próprios.(...) Ele (o colono) estava vinculado ao lote que ocupava, não podendo jamais abandoná-lo, mas também não podendo ser privado dele pelo proprietário. A terra não poderia ser vendida sem ele, nem ele sem a terra. As obrigações que ele devia não eram leves, mas estavam claramente fixadas e não poderiam ser modificadas arbitrariamente pelo latifundiário. Em suma, o colonus era juridicamente um homem livre, mas verdadeiro escravo da terra (...). “(Trechos de FRANCO JÚNIOR, Hilário. O feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1983. p. 10-2.) Uma das medidas adotadas pelos latifundiários romanos para sanar a crise de abastecimento da mão de obra foi: A)a de aumentar o número de guerras de conquistas e com isso de escravizados. B)a de atrair os povos bárbaros com a promessa de ótimos salários. C)a estabelecer um vínculo de fidelidade do camponês à terra que ele recebia para trabalhar.
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Resposta:
É a C
Confia no pai, q é certeza
gabriela220148:
kakakakakakakakakaka
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