• Matéria: Português
  • Autor: anacarolina9227
  • Perguntado 6 anos atrás

2. Durante a leitura, você deverá:

a) Sublinhar os trechos que marcam a voz do narrador.

b) Indicar A (para agulha), L (para linha), AL (para alfinete), antes dos travessões para determinar as vozes das personagens.

c) Observar o tempo verbal utilizado pelas personagens.

Anexos:

g4g: eu tbm queria saber a resposta dessa atividade
sneidynha: eu não fiz, não consegui faze
sneidynha: A professora não falou nada
sneidynha: fala que você também não consegui
biancamarcelino204: não entendi nada cade a resposta da B
cartoon2005: não é de alternativa
cartoon2005: a letra B é um texto para você copiar

Respostas

respondido por: sanyelle72
206

Resposta:

a) Sublinhar os trechos que marcam a voz do narrador.

ERA UMA VEZ uma agulha, que disse a um novelo de linha:

A— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?

L— Deixe-me, senhora.

A— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

L— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

A — Mas você é orgulhosa.

L— Decerto que sou.

A— Mas por quê?

L— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

A— Você? Está agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?

L— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

A— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

L— Também os batedores vão adiante do imperador.

A— Você é imperador?

L— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

L— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.

A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:

L— Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

AL— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!​

b) Indicar A (para Agulha), L (para Linha), AL (para Alfinete), antes dos travessões, para determinar as vozes das personagens.

(no texto acima)

c) Observar o tempo verbal utilizado pelas personagens.

Presente do indicativo

Explicação:


cartoon2005: não é de alternativa é o texto da resposta da letra a
matheusxavieroliveir: cara eu realmente não acredito que teve alguém que fez essa lição. Obrigado memso.
laraburra19: Vou fazer em morta
paulinhoriqueflor467: oi
paulinhoriqueflor467: que texto isso não e resposta não e um texto
paulinhoriqueflor467: mais obrigadooooooooooooo9oooooooooooooooooooooooooooooooooooo9oo9oooooooooo9ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo9oooooooooo9oooooooooo
paulinhoriqueflor467: e só pra avisar eu não vou inscrever tudo isso não
cartoon2005: Ok!Eu copiei tudo e eu tirei nota Boa!
analaurasolza: muito obrigadaaa
analaurasolza: Você é incrivelmente incrível
respondido por: polianafferreira
46

Para responder às questões A e B, considerar:

  • Em negrito: voz do narrador
  • A: indica fala da agulha
  • L: indica fala da linha
  • AL: indica fala do alfinete

Um Apólogo

ERA UMA VEZ uma agulha, que disse a um novelo de linha:

A — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?

L — Deixe-me, senhora.

A — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

L — Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

A — Mas você é orgulhosa.

L — Decerto que sou.

A — Mas por quê?

L — É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

A — Você? Está agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?

L — Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

A — Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

L — Também os batedores vão adiante do imperador.

A — Você é imperador?

L — Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

A — Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.

A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:

L — Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

AL — Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!​

C. Tempo verbal utilizado pelas personagens: presente do indicativo.

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Espero ter ajudado!

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