Autismo: os avanços científicos por trás de um grande
enigma
Em 9 de setembro de 1930, nasceu Donald Triplett,
no Mississipi, Estados Unidos. Ele foi a primeira pessoa
que recebeu o diagnóstico oficial de autismo. O garoto
tinha 4 anos quando, em uma carta de 33 páginas, o pai,
Beamon, relatava o comportamento peculiar, desconectado
dos familiares, com indícios de uma inteligência fora do
padrão e alta capacidade de memorização de seu filho ao
psiquiatra Leo Kanner, chefe do departamento de psiquiatria
infantil do Hospital Johns Hopkins, um dos mais respeitados
especialistas daquele tempo. “Ele nunca demonstra alegria
quando vê o pai ou a mãe. Parece fechado em sua concha
e vive dentro de si”, escreveu. Algum tempo depois, Kanner
apontava para um distúrbio até então desconhecido,
caracterizando uma síndrome específica. As crianças
observadas, segundo ele, tinham “lampejos de brilhantismo”,
“uso distintivo de linguagem” e “desejo básico de solidão
e mesmice”. Era o transtorno do espectro autista, como é
chamado atualmente pelos cientistas.
CUMINALE, N. Veja. 2540. ed. São Paulo: Abril, ano 50, n. 30, jul.
2017. p. 85, jul. 2017. [Fragmento]
TEXTO II
Autismo
Embora a reportagem sobre autismo seja da maior
relevância, dada a sua frequência elevada na população,
ela carece de informações indispensáveis. Nos últimos anos
houve um grande avanço no diagnóstico dessa afecção,
alcançado pela biologia molecular. É de fundamental
importância mencionar nessa área o trabalho desenvolvido
pelo Genoma, ligado ao Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo.
Thomaz Rafael Gollop
Professor livre-docente de genética humana
Universidade de São Paulo
São Paulo, SP
GALLOP, T. R. Veja. 2041. ed. São Paulo: Abril, ano 50, n. 31, 2017.
p. 26, ago. 2017.
Com relação ao texto I, uma reportagem, o autor do texto II,
uma carta de um leitor,
A. elogia o espaço dado ao tema e pondera sobre os
dados fornecidos.
B. resume o posicionamento da jornalista para os leitores
leigos no assunto.
C. usa de sua autoridade no tema para desprezar a
abordagem da jornalista.
D. acrescenta informações que estão acessíveis na
mesma edição do periódico.
E. critica profissionais da comunicação pela falta de
informações sobre Biociência.
Respostas
respondido por:
2
Resposta:
A
Explicação:
O texto II, uma carta do leitor, elogia ao texto I,
mas afirma que há dados que ficaram de fora e que poderiam
ser considerados, como o avanço do diagnóstico de
autismo na área de biologia molecular. Está correta, assim,
a alternativa A.
ellen7417:
obrigada
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