Respostas
Resposta:
Campanha da Legalidade mais conhecida apenas como Legalidade foi uma mobilização civil e militar da história política brasileira de 14 dias que ocorreu após a renúncia de Jânio Quadros da Presidência do Brasil[1] no Sul e Sudeste do Brasil[2] em 1961, sendo liderada por Leonel Brizola[3] (governador do RS e cunhado de Jango) e o general José Machado Lopes, em que diversos políticos e setores da sociedade defenderam a manutenção da ordem jurídica — que previa a posse de João Goulart. Outros setores da sociedade - notadamente os militares - defendiam um rompimento na ordem jurídica, o impedimento da posse do vice-presidente e a convocação de novas eleições.
Explicação:
período histórico que vai do suicídio de Getúlio Vargas em agosto 1954 à posse de
João Goulart em setembro de 1961, o legalismo político, e em especial o da oficialidade militar
“legalista”, possuiu um sentido político “progressista”. Em decisivos episódios políticos do
período em questão nos quais o imperialismo e seus associados nacionais almejaram a
derrubada do regime político inaugurado em 1945, a corrente militar “legalista”, isto é, aqueles
que se afirmavam fiéis defensores da constituição de 1946, cerraram fileiras com
“nacionalistas”, comunistas e progressistas em geral, civis e militares, com o fito de preservar
a democracia populista dos ataques reacionários.
Assim foi em 1954, quando uma parcela considerável da oficialidade militar garantiu a
posse de Café Filho contra o afã golpista do capital estrangeiro, representado nas Forças
Armadas pela “Cruzada Democrática”. Em 11 de novembro de 1955, mais uma vez, militares
“legalistas”, liderados por Lott, com um “golpe-preventivo” (segundo as palavras do próprio
general), garantiam a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek quando Carlos
Lacerda e Carlos Luz conspiravam contra a sucessão presidencial ordinária. Contudo, a
“Campanha da Legalidade” foi sem dúvida o maior feito da oficialidade militar “legalista”.
Congregados, setores das Forças Armadas, sindicalistas, estudantes, e até mesmo políticos
conservadores se opuseram ao veto imposto pelos três ministros militares à posse de Jango
após a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961. O III Exército, comandado por
Machado Lopes, transformou-se no bastião da legalidade ao aderir à resistência legalista
iniciada pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola.
No entanto, durante o governo João Goulart a relação entre “legalistas” e
“progressistas” começaria a se modificar. Insatisfeitos pela aproximação do Poder Executivo
com as organizações sindicais “paralelas”, consideradas ilegais, alguns representantes do