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A filosofia de Santo Agostinho foi elaborada com base em uma aproximação entre neoplatonismo, os ensinamentos de São Paulo e o Evangelho de São João. Para ele, o cristianismo é a verdadeira filosofia. Ele defende que a filosofia antiga consiste em uma preparação da alma, útil para compreensão de verdade revelada, porém, a sabedoria do mundo é limitada; sendo necessário, portanto, os ensinamentos religiosos, primeiro acreditar para depois compreender, tomando por base o versículo de Isaías e não crerdes não entendereis. Para Santo Agostinho, a verdadeira e legítima ciência é a teologia, é a seus ensinamentos que o homem deve dedicar-se, pois preparavam sua alma para a salvação e visão de Deus, que é a sua recompensa. A posição de Santo Agostinho vai na mesma direção que a filosofia platônica, inatista, ou seja, supõe que o conhecimento não pode ser derivado inteiramente da apreensão sensível ou da experiência concreta, necessitando um elemento prévio que serve de ponto de partida para o próprio processo de conhecer.