11) voce acha que a linguagem ultilizada na entrevista é formal ou informal? Justifique sua resposta.
Uma casa sem lixo
Confira entrevista com Luciano Legaspe, dono da Escola de Reciclagem, em São Paulo.
Luciano Legaspe trabalha transformando peças que seriam jogadas no lixo.
A leitora Carol S., 10 anos, entrevistou o ambientalista Luciano Legaspe, dono de uma casa ecológica, para a seção “Repórter mirim”. Durante a conversa, ele explica como viver em harmonia com a natureza.
Confira abaixo a matéria que foi publicada originalmente na edição 133 do Joca.
Montagem mostra Escola de Reciclagem e seu criador Luciano Legaspe. Arte: Suzana Obara
Luciano Legaspe, 56 anos, aprendeu com os pais que o lixo tinha mais valor do que as pessoas pareciam dar a ele. Na década de 1960, quando o termo “reciclagem” ainda não era popular, o então curioso menino vivia reutilizando coisas.
O desafio de viver em harmonia com a natureza levou Luciano a cursar geografia na Universidade de São Paulo (USP), estudar fora do país e colocar em prática lições de sustentabilidade. Em 1998, ele construiu uma casa onde o lixo não existe. Localizada no município de Cotia, em São Paulo, a residência passou a se chamar Escola de Reciclagem e, atualmente, recebe crianças, jovens e adultos.
Em visita ao local, Carol S., 10 anos, aluna da escola Avenues de São Paulo (SP), entrevistou Luciano como repórter mirim do Joca. “Foi incrível ter a oportunidade de conhecer melhor esse homem inspirador. A casa dele realmente é impressionante. Saí dela com muitas ideias de como ter uma vida mais sustentável”, comentou. Confira a entrevista a seguir.
Quando você começou a se interessar pela questão do meio ambiente?
Eu nasci em uma casa com poder aquisitivo muito baixo. Na minha família, usar lixo era comum, não era depreciativo. Meus pais, muito trabalhadores, diziam que era possível reutilizar coisas que muitas pessoas jogavam fora. Minha mãe guardava jornais e garrafas para trocar na feira por banana.
Nessa época — década de 1960 — ainda nem existia a palavra “reciclagem”. Por fazer isso, eu sofria o que hoje é chamado de bullying (tirar sarro porque alguém faz coisas a que os outros não estão acostumados), mas nunca liguei muito. As outras pessoas não compreendiam que, por exemplo, se estou jogando óleo usado fora e preciso comprar sabão, por que não usar o óleo para fazer sabão e guardar o dinheiro para viajar?
Eu gosto de mostrar que é fácil viver assim. Eu uso lixo como matéria-prima. Para filtrar uma pequena quantidade de água, por exemplo, uso um saquinho de coar café.
Em casa é igual: morre uma camiseta, nasce um pano de chão.
Que legal! Aqui também!
Vitrais feitos com garrafas coloridas na Casa da Reciclagem
Foi difícil mudar seu estilo de vida? Eu imagino que não, porque desde pequeno você foi criado assim…
Para mim seria difícil ser o contrário. Quando morava em São Paulo, em um apartamento, eu me via doente. Guardava a matéria orgânica em baldes para fazer, na casa de outra pessoa, compostagem [transformação de restos de alimento em adubo, o que permite acelerar o crescimento das plantas de forma natural]. Não conseguia colocar em um saco e simplesmente jogar fora. Assim que tive condições, comprei essa casa e pude criar toda essa produção. Eu me senti feliz como ser humano porque agora não gero mais lixo de nada. Até o papel higiênico aqui em casa vira combustível — uso para acender o fogão a lenha.
Fogão solar na Casa de Reciclagem, em Cotia
Você pode descrever a sua casa para os leitores do Joca?
Ela é muito simples — a construção é como a de qualquer casa. Mas muita coisa por aqui era lixo e virou arte. Por exemplo: peguei madeira que seria jogada fora, fiz buracos nela e coloquei pedras. Virou uma porta bonita e diferente. A água que eu uso o ano todo é da chuva — quando chove muito, eu armazeno. Funciona assim: a água da chuva escorre pela calha, passa pela corrente, que é um condutor para a água, e cai em um balde cheio de pedras, que a filtram. Por último, a água passa pelo cano até chegar à cisterna [em que fica armazenada]. Tenho um fogão solar, no qual faço minha comida e a dos meus cachorros. Uso restos de alimento para produzir gás e adubo para minhas plantas. Aqui eu também tenho mais de 30 pés de diferentes frutas. Plantei espécies que produzem ao longo do ano para ter sempre frutas e verduras variadas e em estações distintas. Assim, eu, minha família e os animais que vivem aqui têm comida.
Luciano Legaspe trabalha transformando peças que seriam jogadas no lixo
Você tem alguma dica para quem quer ter uma vida mais sustentável?
Hoje as pessoas encontram muitas oportunidades de fazer isso. Nas cidades, tem a coleta seletiva para separar papéis, vidros e metais. Dá para fazer sabão com óleo usado, pegar matéria orgânica e fazer compostagem… Com o conhecimento que o ser humano tem atualmente, ele pode investir um pouco do seu tempo para ser parceiro da natureza. Todos saem ganhand
Anexos:
Respostas
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5
Resposta:
informal, pois é utilizado o uso de termos simples
respondido por:
8
A linguagem utilizada na entrevista é informal .
Pois linguagem formal, também chamada de "culta" está pautada no uso correto das normas gramaticais bem como na boa pronúncia das palavras.
Já a linguagem informal ou coloquial representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se de uma linguagem espontânea, regionalista e despreocupada com as normas gramaticais.
Um exemplo citado no texto:
''Mas muita coisa por aqui era lixo e virou arte. ''
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