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Resposta:
O Imperialismo é o nome dado para o conjunto de políticas que teve como objetivo promover a expansão territorial, econômica e/ou cultural de um país sobre outros. Esse termo pode ser usado para fazer menção a acontecimentos modernos, mas é comumente utilizado para se referir à política de expansão territorial e econômica promovida pelos países europeus em boa parte do planeta no século XIX.
Explicação:
Causas do Imperialismo
O Imperialismo é fruto do desenvolvimento do capitalismo, que nasceu com as transformações causadas pela Revolução Industrial. Essa revolução iniciou-se de maneira pioneira na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e foi responsável por inúmeras mudanças. Consolidou o modo de produção industrial como predominante em detrimento da produção manufatureira.
Junto com a Revolução Industrial surgiram novas máquinas, novos meios de transporte, novos meios de comunicação, novas formas de explorar a produção e utilização de energia etc. A Revolução Industrial também trouxe inúmeras alterações nas relações de trabalho e na forma como o mercado internacional funcionava.
A Revolução Industrial marcou o desenvolvimento das indústrias e foi responsável pelo surgimento de economias globais. A concorrência econômica gerou nas nações industrializadas uma intensa necessidade de obter fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores para adquirir as mercadorias produzidas.
A obtenção de novos mercados consumidores é apontado por Eric Hobsbawm como o grande fator que empurrou as nações industrializadas – não só as europeias – para a ocupação de novos territórios. Segundo ele, naquela época, acreditava-se que a superprodução de mercadorias era algo solucionado por meio da obtenção de novos mercados consumidores|4|. Assim, a ocupação de novos territórios era vista como a solução para garantir o desenvolvimento de suas próprias economias.
Imperialismo na África
Um dos lugares mais afetados pelo Imperialismo foi o continente africano, exatamente o local no qual foi iniciado o surto neocolonialista, na segunda metade do século XIX. O surto imperialista no continente africano deu-se por manifestação de três países, segundo afirma o historiador Valter Roberto Silvério|5|:
O interesse dos belgas sobre o Congo, localizado na África Central;
As expedições portuguesas com o intuito de expandir seus domínios no interior de Moçambique;
A política expansionista francesa sobre a África.
Com a corrida sobre o continente africano, foi organizada em Berlim por Otto von Bismarck, primeiro-ministro alemão, a Conferência de Berlim. Essa conferência, organizada entre 1884 e 1885, tinha como objetivo organizar questões relativas à navegação dos rios Congo e Níger, além de organizar a divisão dos territórios conforme os interesses de cada país, entre pontos.
A ocupação do continente africano – mas não só a dele – foi justificada como missão civilizatória e por meio dela as nações desenvolvidas levariam um modo de vida civilizado para os locais “atrasados” e “selvagens”. As justificativas também eram baseadas em ideais racistas que partiam do pressuposto de que o homem branco era naturalmente “superior”.
Essas justificativas utilizadas pelas nações imperialistas, no entanto, eram utilizadas para encobrir os reais interesses que eram o de promover a exploração econômica dos locais ocupados. Importante mencionar que o processo imperialista na África foi acompanhado de movimentos de resistências que foram organizados pelas populações locais. Caso queira saber mais sobre, sugerimos a leitura deste texto.
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Consequências
O Imperialismo foi muito intenso entre 1884 e 1914, mas até a segunda metade do século XX existiam colônias europeias nos continentes mencionados. Entre as consequências deixadas pelo Imperialismo, destacam-se:
Demarcação de fronteiras artificiais que atualmente é motivo de tensão entre diversos países. Além disso, a criação de nações artificiais contribuiu para sua instabilidade política após conquistarem sua independência;
Problemas étnicos surgidos por conta da política imperialista nesses locais. Destaca-se o caso de tutsis e hutus, no antigo Congo Belga e atual Ruanda, e que resultou em um massacre em Ruanda, em 1994;
Violência da administração colonial dos europeus sobre as populações nativas. Novamente o Congo Belga é um destaque, pois a administração colonial dos belgas foi responsável pela morte de 10 milhões de pessoas;
Exploração intensa que legou a África uma pobreza severa etc.