Mãos dadas
Carlos Drummond de Andrade
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Responda:
1) O que seria um mundo caduco na sua opinião?
A) Você considera o mundo onde vivemos caduco? Explique.
2) No final do poema, o eu-lírico apresenta três vezes o termo “presente” (com alguma variação), no entanto, com três significados diferentes. Quais são eles?
3) Você encontra alguma relação entre o poema e o período em que vivemos? Explique.
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Resposta:
1] bom um mundo caduco para mim seria um mundo sem valor um mundo gasto que não tem mais sentido, um mundo caduco seria um mundo fraco um mundo preste a cair resumindo um mundo sujo sem cuidados um mundo que já acabou todo o seu valor
Explicação:
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