• Matéria: Português
  • Autor: banghelasantos
  • Perguntado 6 anos atrás

Uma menina muito ressabiada. Era como se tivesse medo de gente. Família, padrinhos, vizinhos e professores

não conseguiam entender o que a impedia de viver em paz com seus iguais.

"Mas o problema é justamente esse", gesticulava ela, amaciando com seus dedinhos o pêlo macio de seu gato

magro, branco e preto - o Bandidão. "Não somos iguais, não somos iguais, é tudo mentira. Eu olho para a Pati, o Ivan,

o Ademir, a Tatá e só vejo diferenças."

Os adultos se entreolhavam desanimados e pediam mais explicações. "Como diferentes, minha filha? Somos

seres humanos, gente igual a você, iguais entre nós: duas pernas, dois bracinhos, dois olhos, uma língua, um cérebro,

dez dedos na mão, dez no pé..."

Bandidão não estava nem aí para aquela conversa sempre tão óbvia. Entediado, deu um pinote, abandonando o

colo de sua dona. Mas, ainda no ar, enquanto preparava suas patas para uma aterrissagem em segurança, ouviu sair dos

lábios dela, também como um pinote, algo que a garota nunca havia dito: "E quem não tem duas pernas? Ou não

escuta? Ou tem dois olhos, mas um é de vidro? Ou é muito feio? Aí não é gente? Para ser gente não basta nascer? E os

bebês, não são diferentes? Por que vocês insistem em me convencer de que somos iguais? Gente não é como

figurinha, que nós arrumamos em fila, deixando de lado as amassadas e as rasgadas para decidir o que fazer com elas

depois".

Bandidão estava emocionado. Entendera tudo, ora pois pois. A menina não tinha medo de gente. Acuada,

sofria por outras razões. Faltava-lhe era coragem para discordar do pensamento dos adultos.

Confiante por ter conseguido, enfim, explicar sua angústia para os pais, ela experimentou uma sensação nova:

sentiu pressa, muita pressa de ir para a escola. Pela primeira vez, sentia prazer em ser gente. Dedicou um último olhar

de amor para Bandidão e seguiu pela rua.

Os adultos a compreendiam? “Os adultos se entreolhavam desanimados” que leitura podemos fazer desta

frase?

f) Você já se sentiu como a menina deste conto? Quando?

g) As pessoas são iguais ou diferentes? Justifique, explicando seu ponto de vista.

h) Que leitura se pode fazer, de ser o gato a compreender a menina, e não seus pais?

i) Este conto te parece atual?

j) Qual crítica faz?

k) Faça uma relação entre sua vida atual e o que a menina sente no conto. Neste espaço, escreva livremente seus

pensamentos.

1 Conto de Claudia Werneck​

Respostas

respondido por: karenkeisy88
2

Resposta:

F-sim,quando minha família excluía meu primo apenas porque ele nasceu sem um braço

G-Diferentes,pois outras podem nascer sem as pernas,outras podem não enxergar ou acabar perdendo o olho e outras coisas

H-Porque as vezes,os animais são muito melhores que os adultos para compreender certas coisas

I-Sim,pois é uma coisa que o mundo atual ainda fala sobre e ainda se tem esse preconceito

J-Critica construtiva,que podem ajudar a melhorar a sociedade

K-eu digo que posso sentir a mesma coisa,pois a minha familia tambem tem esse tipo de pensamento,sobre um ser humano so ser gemte,se nascer com dois olhos,dois braços,dois pés e etc

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