A gente era moça do passado. Namorava de longe, vigiada. Aconselhada. Doutrinada dos mais velhos, Em autoridade, experiência, alto saber. “Moça para casar não precisa namorar, O que for seu virá”. Ai, meu Deus! E como custava chegar... Virá! Virá!... Virá virá... quando? E o tempo passando e o moinho dos anos moendo, E a roda-da-vida rodando... Virá-virá! A gente ali, na estaca, amarrada, consumida de Maria Borralheira, sem madrinha-fada, sem sapatinho perdido, sem arauto de príncipe-rei, a procurar pelos reinos da cidade de Goiás o pezinho faceiro do sapatinho de cristal, caído na correria da volta. [...] CORALINA, Cora. Vintém de cobre: meias confissões de aninha. 3. ed. Universidade Federal de Goiás. A poetisa revela-nos como as moças, no passado, aguardavam o momento do encontro com um namorado, um pretendente a casamento. Para isso, ela lança mão de um recurso intertextual que remete a um(a): A notícia, explorando seus recursos factuais. B charge, explorando seus recursos humorísticos. C conto de fadas, explorando seu enredo amoroso. D canção popular, explorando seu aspecto melódico.
Respostas
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18
Resposta:
D Canção popular
Explicação:
pedropaulojundiai:
é a c
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57
Resposta:
Letra C, conto de fadas, explorando seu enredo amoroso
Explicação:
As referências à “Maria borralheira”, "madrinha-fada", "princípe-rei"" e ao “sapatinho de cristal” levam o leitor a estabelecer uma relação entre o enredo amoroso do texto e um conto de fadas: a história de Cinderela.
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