• Matéria: História
  • Autor: binhafabianas2
  • Perguntado 6 anos atrás

comente sobre a pandemia de variola em mato grosso?


CeciiiGmsss: perae
CeciiiGmsss: me dá 5 minutos?

Respostas

respondido por: CeciiiGmsss
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Era dia 23 de julho de 1867, havia falecido a primeira vítima de varíola, um homem de 36 anos chamado Januário.    

A partir dessa data, nos próximos 3 meses seguintes do ano de 1867 as badaladas dos sinos nas cinco igrejas antigas da cidade (Matriz, São Benedito, Boa Morte, São Gonçalo e Nosso Senhor dos Passos) se multiplicaram e dia após dia a cidade amanhecia aterrorizada com o número de mortes. Até que a Igreja Católica determinou que diminuíssem o tempo das badaladas aos sineiros e mais tarde a proibição definitiva dos toques pra evitar pânico na população.

A epidemia teria vindo com os combatentes da Guerra do Paraguai 1864-1870 da cidade de Corumbá pela navegação a vapor, pois Mato Grosso enviou 2 mil homens entre militares e voluntários da pátria pra reconquistar a cidade invadida pelos paraguaios.    

A capital na época possuía 13 mil habitantes e com o impacto da doença, 2 mil pessoas se evadiram para zona rural afim de respirar ar puro e fugir do malefício cruel e os outros 6.500 habitantes, 50% da população foi exterminada pela varíola, principalmente pobres e escravos. Foi uma carnificina que durou 3 meses e deixou muitas marcas de triste lembrança entre os cuiabanos: agosto, setembro e outubro de 1867.

Para tentar conter o surto, o governo proibiu a realização do ritual de enterros na cidade pra evitar contaminações por miasmas: preparação do corpo do defunto, velórios, missas de corpo presente e sepultamentos. Os enterros passaram para o período noturno como medida sanitária pra combater a propagação da epidemia e evitar pânico nas ruas com os inúmeros cortejos funerais. Os corpos eram transportados aos montes, empilhados numa carroça fúnebre que seguia a seguinte rota apanhando corpos

O governador tomou outras medidas consideradas tímidas na época para tentar estancar o pandemônio da epidemia, iniciou a construção de um anexo na Santa Casa de Misericórdia, que nunca terminou; montou um hospital de campanha no Coxipó que servia de quarentena e para tratamento dos militares e definiu um local para expurgo e isolamento dos indigentes, pobres e escravos contaminados no Hospital de São João dos Lázaros, inaugurado em 1816.


CeciiiGmsss: desculpe o tamanho...
binhafabianas2: obrigada
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