• Matéria: História
  • Autor: Intacta
  • Perguntado 6 anos atrás

Vou ter que pergunta de novo ,-, Como as habitações dos indígenas foram descritas pelo escrivão português

Respostas

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Resposta:

Na carta, O Escrivão Pero Vaz de Caminha mostra como foi o primeiro encontro entre os portugueses e os indígenas:

“Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram.”

“A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez. E trazem-no ali encaixado de sorte que não os magoa, nem lhes põe estorvo no falar, nem no comer e beber.”

Nesses trechos, é possível identificar que os portugueses trouxeram consigo os padrões de beleza eurocêntricos e os usaram ao dizer que os índios tinham “bons rostos e bons narizes, bem feitos.” Além disso, eles inferiorizam o povo indígena ao considerá-lo ingênuo.

Pero Vaz de Caminha descreve como é a relação entre esses dois povos de costumes tão diferentes: os índios não entendem o motivo pelo qual os portugueses apreciam o sabor do vinho; por outro lado, os portugueses não entendem a cultura e a forma como os índios usam seus adereços.

O texto do escrivão foi além. Reunindo o que viu às categorias que construiu, Caminha completou o ciclo: propôs ao rei, no final de seu texto, caminhos concretos para o aproveitamento do território e de seus habitantes, a saber: o desenvolvimento da agricultura e a cristianização dos índios. O escrivão viu o diferente, apreendeu-o segundo a sua própria mentalidade e, porque fez isso, foi capaz de dar o terceiro passo: sugerir ao monarca os caminhos do futuro, que eram os caminhos da desigualdade entre visitantes e habitantes, os caminhos da dominação portuguesa. Os acontecimentos descritos na carta — o tempo presente da chegada à terra — podiam incluir — como efetivamente incluíram — congraçamentos e danças coletivas entre navegadores portugueses e índios, além de atitudes legítimas de curiosidade, espanto e tolerância, profundamente humanas, por parte do escrivão ou de outros tripulantes, frente à terra bela e à sua gente agreste.

Explicação: ESPERO TER TE AJUDADO : )


Intacta: Obg meu anjo
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