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Introdução, objetivos e justificativa
A presente pesquisa visa compreender como a questão da cidadania se transforma ao longo do processo político neoliberal ensejando novas práticas sociais, a exemplo da Responsabilidade Social Empresarial (RSE). A RSE é gestada a partir das fundações sociais de grandes empresas, que disseminam uma nova noção de cidadania, pautada pelo atendimento às demandas pontuais de seus cidadãos-clientes.
A construção da cidadania está amplamente vinculada ao processo de construção democrática de um país, constituindo um ponto de disputa entre diversos setores sociais. Com o avanço do neoliberalismo – o que, no Brasil ocorre, sobretudo, nos anos 90 – o conceito de cidadania fundado na universalização de direitos reconhecidos e garantidos pelo Estado é substituído por outro, que se apóia na crescente desresponsabilização do Estado sobre a garantia dos direitos de cidadania. No bojo desse processo surge o conceito de RSE, o qual reivindica para si a missão de levar a cidadania aos setores desprovidos da proteção estatal. Porém, essa cidadania, chamada muita das vezes de “qualidade nova”, não mais se propõe a dotar os sujeitos sociais de força política para conquistarem direitos de cidadania, mas sim a serem receptores de serviços oferecidos pelo terceiro setor1 e pelas “empresas cidadãs”.
No período recente, verifica-se um amplo crescimento das fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil. Segundo o IBGE (2008, p. 47) entre 1996 e 2005 observou-se um crescimento da ordem de 215,1% dessas fundações e associações, passando de 107,3 mil para 338,2 mil no período. Tal crescimento pode ser detectado no campo da participação empresarial em ações sociais, isso é o que demonstram os relatório do IPEA (2001, 2003, 2006) sobre o assunto, delimitando a análise sobre as ações sociais do empresariado e suas possíveis motivações. Assim, o relatório do IPEA
A presente pesquisa visa compreender como a questão da cidadania se transforma ao longo do processo político neoliberal ensejando novas práticas sociais, a exemplo da Responsabilidade Social Empresarial (RSE). A RSE é gestada a partir das fundações sociais de grandes empresas, que disseminam uma nova noção de cidadania, pautada pelo atendimento às demandas pontuais de seus cidadãos-clientes.
A construção da cidadania está amplamente vinculada ao processo de construção democrática de um país, constituindo um ponto de disputa entre diversos setores sociais. Com o avanço do neoliberalismo – o que, no Brasil ocorre, sobretudo, nos anos 90 – o conceito de cidadania fundado na universalização de direitos reconhecidos e garantidos pelo Estado é substituído por outro, que se apóia na crescente desresponsabilização do Estado sobre a garantia dos direitos de cidadania. No bojo desse processo surge o conceito de RSE, o qual reivindica para si a missão de levar a cidadania aos setores desprovidos da proteção estatal. Porém, essa cidadania, chamada muita das vezes de “qualidade nova”, não mais se propõe a dotar os sujeitos sociais de força política para conquistarem direitos de cidadania, mas sim a serem receptores de serviços oferecidos pelo terceiro setor1 e pelas “empresas cidadãs”.
No período recente, verifica-se um amplo crescimento das fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil. Segundo o IBGE (2008, p. 47) entre 1996 e 2005 observou-se um crescimento da ordem de 215,1% dessas fundações e associações, passando de 107,3 mil para 338,2 mil no período. Tal crescimento pode ser detectado no campo da participação empresarial em ações sociais, isso é o que demonstram os relatório do IPEA (2001, 2003, 2006) sobre o assunto, delimitando a análise sobre as ações sociais do empresariado e suas possíveis motivações. Assim, o relatório do IPEA
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