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A cultura mato-grossense é representada pela herança da miscigenação entre os índios, negros e brancos, que aqui plantam, colhem e ensinam a saborear o gosto dos novos frutos de uma cultura ímpar e sempre em evolução. Estas três raças juntas formam a essência da história e tradição da gente mato-grossense, que tem na alma a alegria de viver e a ousadia de buscar novos desafios.
Desde sempre presenciamos as influências dos primeiros habitantes deste estado caboclo na arte, música, dança, culinária, além do patrimônio histórico e nas festas de santos, explicitados pelo culto à religiosidade e fé perene e multissecular.
Buscamos implantar políticas públicas de Estado que visam atender a crescente demanda da classe artística de Mato Grosso. Isso mostra que a sociedade está empenhada em manter vivas nossas tradições e busca fazer dessa terra um lugar cada vez melhor para se viver.
Estamos vivendo um período de intenso processo de intercâmbio e de mostras de nossa cultura, tanto na capital, como no interior do Estado e até para outros estados e ainda no exterior.
Ficamos extremamente felizes com o resultado positivo da exposição O Grande Olhar, sob Curadoria de Magna Domingos, que aconteceu no Palácio das Artes, consolidado numa parceria com o Sebrae.
Tivemos ali expostos trabalhos de grandes nomes das artes plásticas de Mato Grosso, a exemplo de Regina Penna, Dalva de Barros, Benedito Nunes, Jonas Barros, Gervane de Paula, Vitória Basaia, Vander Mello e Valcides Arantes, que tiveram suas telas voltadas à mostra e valorização dos três ecossistemas e ainda festas religiosas cuiabanas. Uma tradição de nossa terra.
Vale lembrar que esta exposição atraiu notável público de turistas estrangeiros que aqui vieram para jogos da Copa do Mundo, no mês de junho, e também no período de pós-copa.
Outro bom momento de troca de experiências e intercâmbio cultural de nossos artistas foi à participação do Grupo Flor Ribeirinha em um Festival Mundial de Folclore na França. O grupo que tem a liderança de Domingas Leonor se projeta no cenário mato-grossense a partir do tradicional bairro de São Gonçalo Beira Rio, berço histórico de nossa capital.
Os componentes do grupo foram à França a convite da Federação Brasileira de Artes Populares, sendo o único grupo que representou o continente da América do Sul. Lá eles se apresentaram nas cidades de Etain, Chambery, Kayserberg e Ambert, recebendo homenagens e condecorações por todos os lugares em que passaram. Orgulho para nossa terra.
Ainda falando de siriri, registro a realização do Festival de Siriri, onde se busca fortalecer a cultura popular do Vale do Rio Cuiabá, com o público cada vez mais ampliado. É comum vermos pessoas que admiram e torcem pelo sucesso de seus grupos folclóricos de suas preferências.
Não podemos nos esquecer de outros eventos tradicionais, a exemplo da Festança de Vila Bela da Santíssima Trindade, que ocorre anualmente no período das festividades do Senhor Divino Espírito Santo e São Benedito. É uma das mais antigas e tradicionais festas de santos católicos que Mato Grosso registra.
Tem-se trabalhado para que projetos tradicionais e históricos não deixem de receber o devido reconhecimento, a exemplo da Cavalhada de Poconé, um evento de rara demonstração de fé mostrada anualmente por cidadãos poconeanos, que não deixam morrer esta tradição.