• Matéria: História
  • Autor: femalbite
  • Perguntado 6 anos atrás

A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode enca-

rar, razoavelmente, como uma Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito peculiar. Pois, como observou o grande filósofo Thomas Hobbes, “a guerra consiste não só na batalha, ou no ato de lutar: mas num período de tempo em que a vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida”. A Guerra Fria entre EUA e URSS, que dominou o cenário internacional na segunda metade do breve século XX, foi, sem dúvida, um desses períodos. Gerações inteiras se criaram à sombra de batalhas nucleares

globais que, acreditava-se firmemente, podiam estourar a qualquer momento, e devastar a humanidade. Na verdade, mesmo os que não acreditavam que qualquer um dos lados pretendia atacar o outro achavam difícil não ser pessimistas [ ... ] À medida que o tempo passava, mais e mais coisas podiam dar errado, política e tecnologicamente, num confronto nuclear permanente baseado na suposição de que só o medo da “destruição mútua inevitável” [ ... ] impediria um lado ou outro de dar o sempre pronto sinal para o planejado suicídio da civilização. Não aconteceu, mas por cerca de quarenta anos pareceu uma possibilidade diária.

(HOBSBAWN, Eric J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914 — 1991, São Paulo: Cia das Letras, 1995. p. 224.)

1 — Explique, segundo Hobsbawn, o que impediu a possibilidade do “planejado suicídio da “civilização”

no período da Guerra Fria.​

Respostas

respondido por: prielizandra
9

Explicação:

Para Hobsbawm, o MAD (Mutual assured destruction, ou destruição mútua assegurada, na sigla em inglês) impediu que ocorresse um conflito aberto entre as grandes potências da época (Estados Unidos e União Soviética), o que causaria o "suicídio da civilização".

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