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A reforma trabalhista de 2017 foi uma das principais bandeiras do governo de Michel Temer (2016 a 2018). O então presidente, que assumiu o cargo após o impeachment de Dilma Rousseff (2011 a 2016), defendia que a flexibilização do trabalho iria gerar empregos e modernizar a legislação brasileira. A reforma passou a valer em novembro de 2017, com novas regras para contratar, demitir, negociar e acionar a Justiça.
À época, as projeções do governo era de criação de milhões de empregos – o Ministério do Trabalho falava em 2 milhões, e o então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a falar em 6 milhões de novas vagas por conta da flexibilização. Em novembro de 2019, um texto do Nexo mostrou que, dois anos após a reforma, o desemprego havia recuado timidamente, e o crescimento que houve no número de pessoas empregadas se deu majoritariamente no setor informal.
Pouco menos de dois anos depois, já sob Jair Bolsonaro, o Congresso Nacional aprovou outro conjunto de mudanças que afetaram as relações de trabalho. A chamada Medida Provisória da Liberdade Econômica, de agosto de 2019, foi apelidada de “minirreforma trabalhista” em Brasília. Isso porque trazia mais pontos de flexibilização do trabalho, como menores exigências nas obrigações das empresas para registrar o ponto dos funcionários. À época de sua tramitação, o governo chegou a dizer que o texto levaria à criação de 3,7 milhões de empregos em dez anos.
Em 2020, as relações trabalhistas estão novamente sob discussão em Brasília, agora em razão da pandemia do novo coronavírus e seus impactos na economia. As medidas em andamento são uma tentativa de manter parte dos empregos atuais.
Desde o início da pandemia, o número de pessoas empregadas no Brasil despencou. Entre março e maio de 2020, quase 7,8 milhões de postos de trabalho foram perdidos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além do fechamento de vagas, muitas pessoas deixaram de procurar trabalho – seja por desalento (falta de esperança de ser contratado), falta de trabalho no local onde mora ou por receio de contágio pelo novo coronavírus.
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