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A sensação de insegurança, o medo de sermos assaltados ou sofrermos algum outro tipo de mal, faz com que nos fechemos para o outro. Apostamos cada vez mais em espaços privados. Condomínios, clubes, associações etc. São algumas das estratégias que criamos e utilizamos para conviver com pessoas, mas evitar os desconhecidos.
Acontece que esse tipo de atitude, embora justificada, leva-nos a conviver apenas com iguais. Ou pelo menos, com pessoas mais parecidas conosco – principalmente no que diz respeito à classe social.
Hoje, as cidades limitam os espaços usados pelas pessoas e as separam, inclusive excluindo algumas delas.
O movimento de restringir os espaços, torná-los privativos – ainda que se justifique, como eu disse -, traz alguns problemas.
A sociedade contemporânea precisa redescobrir o valor dos espaços públicos. Notamos, hoje, que as cidades de médio e grande portes pouco investem em praças, centros de convivência, áreas públicas de lazer, parquinhos etc.
Os espaços são públicos são lugares de convivência com pessoas diferentes, de classes sociais distintas, de orientações sexuais variadas, outras religiões… Ainda que estar com estranhos possa ser um tanto assustador, esses locais permitem que a diversidade seja valorizada. As diferenças ganhem visibilidade e sejam respeitadas.
É fundamental redescobrirmos quem são os outros. Num tempo em que nos ilhamos em espaços privados e as redes sociais na internet, por meio de seus algoritmos, criam tribos virtuais, os espaços públicos urbanos podem permitir o contato e o aprendizado com o diferente, e essencialmente desenvolver em nós a capacidade de nos sensibilizarmos com as desigualdades e até mesmo com as necessidades do próximo.
Ps. A praça da Catedral, em Maringá, é um exemplo de como os espaços públicos podem ser importantes para as pessoas