Respostas
Resposta:
Neste dossiê, rememoramos os contributos de Goffman (1964 [1998]) no que tange à situação negligenciada, à época, por algumas correntes linguísticas: a situação social, que conduz sujeitos, igualmente sociais, na construção conjunta de sentidos, como atividade inerente à interação face a face. Na esteira goffmaniana, regras culturais, em nossa leitura (tanto no contato sócio quanto intercultural), “estabelecem como os indivíduos devem se conduzir em virtude de estarem em um agrupamento e estas regras de convivência, quando seguidas, organizam socialmente o comportamento daqueles presentes à situação” (GOFFMAN, 1963, 1964 [1998]). Historicamente, direta ou indiretamente, tal formulação orientou discussões posteriores, assentadas em um campo (extra)linguístico, tais como o fenômeno da polidez (LAKOFF, 1973; LEECH, 1983; BROWN; LEVINSON, 1987), que, igualmente, são nutridas pelas considerações acerca das atividades da face positiva (necessidade de ser apreciado) e da face negativa (necessidade de ser livre de imposições) (GOFFMAN, 1967), e, de forma diversa, se manifesta em perspectiva sócio/intercultural.