• Matéria: História
  • Autor: mariaelainealvp94ohf
  • Perguntado 6 anos atrás

* Faça um fluxograma das Revoluções burguesas do século XVIII, com ligações dos principais pilares dos pensamentos burgueses e ocasionando um novo período na história, o contemporâneo.

Respostas

respondido por: alemachs
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Resposta:

s revoluções Burguesas são um momento significativo na história do capitalismo, na medida em que serão elas que contribuirão para abrir caminho para a superação dos resquícios feudais e, portanto, para tornar possível a consolidação do modo de produção capitalista. Tais revoluções ocorreram em vários países europeus, no entanto, neste capítulo, vai-se dar ênfase especial a duas delas: a Revolução Inglesa, ocorrida no século XVII, e a Revolução Francesa, no final do século XVIII.

Para se compreender a Revolução que ocorreu na Inglaterra, é necessário compreender o quadro social lá existente, além das questões políticas e econômicas derivadas de uma sociedade onde as forças capitalistas avançavam com rapidez, mas esbarravam numa estrutura ainda eminentemente feudal. Nesse sentido, devido à crise que ocorreu no século XVII, na Europa, e em razão do avanço dessas forças capitalistas, a Inglaterra pôde conhecer uma revolução, que boa parte dos autores considera burguesa, pelos efeitos sobre a estrutura econômica inglesa.

As razões que propiciaram a eclosão do movimento revolucionário, sumariamente são:

a) o Estado absolutista inglês (desde 1603 o governo estava nas mãos da dinastia Stuart) era, apesar disso, tremendamente frágil: não possuía exército permanente nem uma burocracia organizada, além de possuir rendimentos financeiros pouco expressivos; as tentativas dos reis Jaime I e Carlos I em aumentarem os impostos e terem um exército à sua disposição, eram vistas com desconfiança pelo Parlamento;

b) as condições econômicas da Inglaterra, devido ao período mercantilista. Sob o governo da dinastia Tudor (1485-1603), a Inglaterra tornou-se uma grande potência marítima. Foi também neste período que o sistema de "putting-out" ou indústria doméstica surgiu, determinando mudanças na estrutura da produção;

c) a Reforma religiosa na Inglaterra determinou a perda das terras da Igreja, que foram tomadas pelo Estado e vendidas para a burguesia e para a nova nobreza (gentry) que estavam preocupadas com o cercamento das terras para a criação de ovelhas, cuja lã atendia às manufaturas. Assim, passou a haver uma estreita associação de interesses entre a burguesia mercantil e a gentry;

d) as transformações na estrutura social, derivadas das transformações econômicas citadas acima. A diferenciação social entre cidade e campo era bastante nítida. No campo estavam os Pares (aristocracia, ou alta nobreza, essencialmente feudal); a gentry (nobreza de status); os yeomen (pequenos e médios proprietários rurais); os arrendatários e os jornaleiros. Havia ainda, nas cidades, os elementos ligados 1as corporações de ofícios.

A Revolução Inglesa tem início no governo de Carlos I (1625-1640), devido às tentativas desse rei em aumentar os impostos. Em 1637 ele lançou o "ship money", e a população se rebelou. Paralelamente, a monarquia procurava restringir os cercamentos, afastar a gentry da Corte e reforçar os privilégios dos Pares. Os protestos do Parlamento levaram Carlos I a dissolvê-lo, convocando um outro, que ficou conhecido como Short Parliement (Parlamento Curto), logo dissolvido por se recusar a permitir novos impostos. O parlamento convocado logo a seguir, conhecido como Long Parliament (Parlamento Longo), toma atitudes drásticas: depõe o primeiro-ministro, revoga os impostos que o rei havia decretado e estabelece que apenas o Parlamento poderia se autodissolver; o rei não poderia mais tomar tal atitude.

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