• Matéria: História
  • Autor: OLIVEIRACINTRA
  • Perguntado 6 anos atrás

DOU UMA COROA PARA A PRIMEIRA RESPOSTA CERTA
A História da escravidão no Brasil atravessa mais de 300 anos. Da assinatura da Lei Áurea,em 1888, aos dias atuais passaram-se mais de 130 e ainda assim, direitos naturais e básicossão infringidos a essa população. Sendo assim, elabore um texto dissertativo, demonstrando a situação e a luta dos africanos e afrodescendentes após abolição e nos dias atuais. *

Respostas

respondido por: admarthurchaves
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Em 13 de maio de 1888, há 130 anos, o Senado do Império do Brasil aprovava uma das leis mais importantes da história brasileira, a Lei Áurea, que extinguiu a escravidão. Não era apenas a liberdade que estava em jogo, diz o historiador Luiz Felipe de Alencastro, um dos maiores pesquisadores da escravidão no Brasil. Outro tema na mesa era a reforma agrária.

O debate sobre a repartição das terras nacionais havia sido proposto pelo abolicionista André Rebouças, engenheiro negro de grande prestígio. Sua ideia era criar um imposto sobre fazendas improdutivas e distribuir as terras para ex-escravos. O político Joaquim Nabuco, também abolicionista, apoiou a ideia. Já fazendeiros, republicanos e mesmo abolicionistas mais moderados ficaram em polvorosa.

"A maior parte do movimento republicano

fechou com os latifundiários para não mexer na

propriedade rural", diz Alencastro. Foi aí que

veio a aprovação da Lei Áurea, sem nenhuma

compensação ou alternativa para os libertos se

inserirem no novo Brasil livre. "No final, a ideia

de reforma agrária capotou."

Nesta entrevista para a BBC Brasil, o historiador

fala ainda sobre a origem da violência do

Estado atual contra os negros, afirma que a

escravidão saiu da pauta e passou a ser vista

como um passado distante, apesar de não ter

acabado há tanto tempo assim, e critica o uso

da palavra "diversidade" para se referir aos

negros. "Falar de diversidade é considerar que

os negros são uma minoria, como nos Estados

Unidos. Mas no Brasil eles são a maioria. É

muito mais que diversidade, é democracia".

Alencastro é hoje professor da Fundação

Getúlio Vargas, em São Paulo. É também

professor emérito da universidade de Paris

Sorbonne, onde lecionou por 14 anos, e autor do

livro O trato dos viventes: formação do Brasil no

Atlântico Sul.

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