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O alto valor no comércio europeu e seu crescente consumo fortaleceu a atividade açucareira, que se prolongou do séc. XVI à XIX
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Prezada Lídia,
Os navegantes e empreendedores portugueses desejavam comprar ou obter as especiarias (cravo, pimenta, pau-brasil, dentre outras) e conseguir vendê-las com uma margem de lucro de até 6.000%, como o obtido pelo navegante Vasco da Gama. Nesse sentido, a colonização ou invasão por Portugal das terras que hoje formam o Brasil requeriam um alto investimento e não trariam um retorno rápido nem seguro, tal como o proporcionados pelas especiarias.
Além disso, o pau-brasil, entre outros produtos comerciais interessantes das terras que seriam o Brasil não requeria a presença continuada no território, haja vista que sua obtenção era mais fácil através do escambo com os índios (eles cortavam em troca de bugigangas).
Para completar a situação, as tribos indígenas brasileiras viviam na idade da pedra, sem grandes civilizações que permitissem acúmulo de riquezas ou uma estrutura social ampla e já organizada, como as roubadas e dominadas pelos espanhóis dos incas e astecas, dentre outros povos.
Desse modo, apenas quando o comércio com as Índias e outros países orientais deixou de ser tão rentável e já havia desenvolvido a tecnologia para o cultivo da cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira e Açores, bem como outras nações europeias (especialmente a França) ameaçavam tomar partes do território que hoje seria o Brasil, Portugal promoveu o sistema de capitanias hereditárias como uma tentativa de colonizar o gigantesco território que possuía na América.
Portanto, o monopólio e a monocultura do açúcar, em razão da grande demanda e do preço astronômico desse produto na Europa foi um dos fatores essenciais para a colonização brasileira.
Só para reforçar essa ideia, com receio de que o gado prejudicasse as plantações de cana-de-açúcar, as autoridades estabeleceram uma Carta Régia, em 1701, que proibiam a criação de gado nas regiões litorâneas que não fosse, diretamente, relacionada aos trabalhos nos engenhos, o que impulsionou a colonização do interior do Brasil, inclusive do sertão nordestino.
Bons estudos!
Os navegantes e empreendedores portugueses desejavam comprar ou obter as especiarias (cravo, pimenta, pau-brasil, dentre outras) e conseguir vendê-las com uma margem de lucro de até 6.000%, como o obtido pelo navegante Vasco da Gama. Nesse sentido, a colonização ou invasão por Portugal das terras que hoje formam o Brasil requeriam um alto investimento e não trariam um retorno rápido nem seguro, tal como o proporcionados pelas especiarias.
Além disso, o pau-brasil, entre outros produtos comerciais interessantes das terras que seriam o Brasil não requeria a presença continuada no território, haja vista que sua obtenção era mais fácil através do escambo com os índios (eles cortavam em troca de bugigangas).
Para completar a situação, as tribos indígenas brasileiras viviam na idade da pedra, sem grandes civilizações que permitissem acúmulo de riquezas ou uma estrutura social ampla e já organizada, como as roubadas e dominadas pelos espanhóis dos incas e astecas, dentre outros povos.
Desse modo, apenas quando o comércio com as Índias e outros países orientais deixou de ser tão rentável e já havia desenvolvido a tecnologia para o cultivo da cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira e Açores, bem como outras nações europeias (especialmente a França) ameaçavam tomar partes do território que hoje seria o Brasil, Portugal promoveu o sistema de capitanias hereditárias como uma tentativa de colonizar o gigantesco território que possuía na América.
Portanto, o monopólio e a monocultura do açúcar, em razão da grande demanda e do preço astronômico desse produto na Europa foi um dos fatores essenciais para a colonização brasileira.
Só para reforçar essa ideia, com receio de que o gado prejudicasse as plantações de cana-de-açúcar, as autoridades estabeleceram uma Carta Régia, em 1701, que proibiam a criação de gado nas regiões litorâneas que não fosse, diretamente, relacionada aos trabalhos nos engenhos, o que impulsionou a colonização do interior do Brasil, inclusive do sertão nordestino.
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