• Matéria: História
  • Autor: taldaJuliaBurra
  • Perguntado 6 anos atrás

Faça uma analise sobre a relação da banalidade do mal e a banalidade do bem

Respostas

respondido por: gomesthamy183
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Resposta:

Banalidade do mal é uma expressão criada por Hannah Arendt, teórica política alemã, em seu livro Eichmann em Jerusalém, cujo subtítulo é "um relato sobre a banalidade do mal"

Conhecemos a banalidade do mal descrita pela filósofa Hannah Arendt em seu tratamento do “case” Eichmann em Jerusalém. Pará além da questão do Holocausto em si, seu conceito de banalidade do mal fez fama: Eichmann era um sujeito medíocre, um filho da burocracia, sem “tato moral”, como diria o sociólogo Zygmunt Bauman, em seu Modernidade e Holocausto.

Os efeitos da burocracia são a idiotice moral, a estupidez intelectual, o amor ao protocolo e o “não” a qualquer forma de originalidade. Já a banalidade do mal marca o mal não como “uma profundidade”, como na tradição bíblica, mas como uma espécie de fungo que se espalha pelo mundo sem grandes profundidades ou sofrimento moral, aniquilando qualquer reação moral que importe. A banalidade do mal convive bem com horrores contanto que a janta seja servida na hora.

O mal é banal num mundo em que pessoas que são boas mães demitem centenas de funcionários para equilibrar custos na empresa. Como dizia o poeta russo Joseph Brodsky: “O mal adora orçamentos equilibrados” (“Discurso Inaugural”, ensaio que integra seu livro Me nos que Um).

Mas não quero falar da banalidade do mal hoje. Quero falar da banalidade do bem, a irmã caçula da banalidade do mal. Menos conhecida, ela desfila por nossas praças chiques em que caras limpas e bem vestidas caminham domingos e feriados, em busca de uma vida equilibrada. Seus filhos pequenos e seus cães brincam juntos, provando que “está surgindo uma nova geração com mais consciência”.

Voltando ao poeta russo Brodsky, e ao texto dele citado anteriormente. Uma das ideias mais elegantes que o autor nos apresenta nesse ensaio é que não devemos falar do “Bem” diante de muitas pessoas porque os maus sentimentos são os mais comum nas pessoas, e, por isso mesmo, quando você tem muitas pessoas reunidas, o provável é que maus sentimentos estejam por toda parte, e que você esteja falando com muitas pessoas más.

Sobre o “Bem”, diz Brodsky, se deve falar apenas em círculos muito íntimos. Logo, não existe a possibilidade de falarmos do “Bem” nas redes sociais, se formos levar a sério (como eu levo) o que nos diz o poeta russo. Portanto, o “Bem nas redes” é sempre banalidade do bem. E o que é a banalidade do bem, afinal?

Se o habitat natural da banalidade do mal são a burocracia e a “gestão”, o habitat natural da banalidade do bem são as redes sociais

Explicação:

espero ter ajudado se puder colocar como melhor resposta eu agradeço

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